Após parar Loco, Renan Fonseca desabafa: "Pessoal pega no meu pé"
Presente em 40% dos jogos que o Botafogo não sofreu gols em 2017, zagueiro busca recomeço e questiona críticas no Clássico Vovô: "Não tinha nada a ver com a história"
Aqui não! Renan Fonseca levou a melhor com Loco Abreu pelo alto (Foto: Vitor Silva / SS Press / Botafogo)
O domingo foi de Joel e Sassá, que encerraram seus jejuns ao marcarem os gols da vitória do Botafogo por 2 a 0 sobre o Bangu, em Moça Bonita (veja os lances no vídeo abaixo). Mas a partida também foi especial para um jogador de defesa: Renan Fonseca. Ao lado de Igor Rabello, formando uma dupla de zaga reserva, o zagueiro conseguiu parar o experiente Loco Abreu, de 40 anos, e completou com a equipe mais um duelo sem sofrer gols. Dos cinco jogos em que o time não foi vazado em 2017, ele esteve presente em dois, equivalente a 40%.
Números para dar um pouco de moral para quem vinha sofrendo com as críticas da torcida, motivo de um desabafo de Renan Fonseca. Na rodada passada, no Clássico Vovô, o zagueiro entrou no intervalo na vaga do machucado Carli com um placar favorável de 2 a 0, mas viu o Fluminense virar para 3 a 2 no segundo tempo. Mesmo sem o defensor ter falhado em algum lance capital, muitos alvinegros atribuíram a virada ao fato do jogador estar em campo.
– Todo jogo procuro fazer meu melhor, nem sempre as coisas dão certo. Quem está aqui me conhece, vê meu dia a dia. Hoje (domingo) fui privilegiado, a equipe ajudou, conseguimos a vitória. No último jogo teve uma situação que entrei no intervalo e acabou... Não tinha nada a ver com a história, e o pessoal vem pegando no meu pé. Mas muito trabalho uma hora dá certo. Vou encarar como recomeço, aproveitar as oportunidades que tiver para voltar a jogar bem. Sempre falo para o pessoal: conheço o lado bom, o ruim e o médio do Botafogo. Sou um dos que estou aqui há mais tempo, sei da responsabilidade. É olhar daqui para frente e respirar bons ares.
Com 102 jogos e três gols vestindo a camisa alvinegra, Renan Fonseca espera reviver os bons momentos, como por exemplo quando foi titular em toda a campanha do título da Série B do Campeonato Brasileiro de 2015. E para esse recomeço, nada melhor do que iniciar colocando um ídolo no bolso. Ele cortou praticamente todas as bolas aéreas, especialidade do uruguaio.
– É um ídolo aqui no Botafogo, jogador diferenciado, apesar da idade ele sabe cortar os caminhos, estava lá na frente sempre incomodando a gente. Procuramos dificultar o máximo para ele, mesmo assim ele arruma espaço, arruma situação para finalizar. Foi bonita a festa, o torcedor conseguiu brincar com ele, vencemos o jogo... Foi um grande dia.
Acima do rendimento individual, Renan Fonseca enalteceu o desempenho coletivo de um time que teve sete desfalques – Jefferson, Luis Ricardo, Gustavo Bochecha, Jonas, Leandrinho, Matheus Fernandes (DM) e Gatito Fernández (seleção) – e quatro poupados – Camilo, Airton, Bruno Silva e Emerson Silva. Para o defensor, o resultado mantém o time vivo no estadual.
– Momento difícil, uma partida que era o divisor de águas. A gente tinha que vencer de qualquer maneira, e nós conseguimos. Entramos com uma equipe mista, acho que todos dentro do coletivo procurou fazer o seu melhor, conseguimos um grande resultado, e isso dá uma força a mais para buscarmos a classificação no Carioca – frisou.
Por um gol, a vitória pelo placar de 2 a 0 ainda não foi o suficiente para o Botafogo ingressar na zona de classificação para a semifinal da Taça Rio, mas serviu para passar o Nova Iguaçu e entrar no G-4 da classificação geral do Campeonato Carioca. Com o Fluminense, campeão da Taça Guanabara, e o Flamengo já garantidos na semifinal do estadual, restam duas vagas.
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