Guia do Alagoano 2016: treinadores são atração à parte no campeonato

Mazola Júnior, Oliveira Canindé, Leandro Campos e Vica fazem a diferença no banco

O Campeonato Alagoano de 2016 teve problemas na semana de abertura. Laudos de estádios difíceis de sair e até a ameaça de o Murici ser excluído da competição. Vistorias e liminaresganharam destaque. Não há dúvida de que os bastidores atrapalharam, mas ainda há grandes atrações para a competição, a começar pelo banco de reservas. Técnicos conceituados na região comandam os favoritos ao título e acirram a disputa entres os maiores vencedores do estado. O CRB manteve Mazola Júnior, que chegou ao clube ainda na Segunda Divisão do Brasileirão e conhece bem a base regatiana. No CSA, Oliveira Canindé volta com a missão de recuperar espaço no Nordeste. Ele deixou o clube no meio do estadual de 2014, com 12 jogos. Mesmo assim, ainda tem prestígio com a torcida e está à frente de um projeto ambicioso.

CRB e CSA vão se reencontrar no estadual (Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas)

Vica é o principal nome do ASA para o Alagoano. Em tempos de cortes de gastos, ele decidiu seguir em Arapiraca, e a torcida aposta no olho clínico do treinador para lutar pelo título. Quem sempre corre por fora, mas também costuma atropelar no fim é o Coruripe. Foi campeão em 2014 e vice no ano passado. Além disso, tem as cotas do Nordestão, assim como o CRB, e pode investir mais que os adversários do interior.

A diretoria do Hulk foi buscar o técnico Leandro Campos, vice-campeão regional em 2013, com o ASA, e também manteve a espinha dorsal montada na Série D. Outros dois técnicos que se destacam para o estadual são os experientes Freitas Nascimento, do CSE, e Eduardo Neto, do Santa Rita. O caçula da turma é Adriano Cabeça, do Sete de Setembro. Com 37 anos, ele vai comandar pela primeira vez uma equipe na elite do estado.

Vica, técnico do ASA (Foto: Leonardo Freire/GloboEsporte.com)

Os maiores campeões de Alagoas são CSA, com 37 títulos, e CRB, com 28. O ASA aparece no terceiro posto, com sete conquistas. Nos últimos quatro anos, o Galo ganhou destaque com três títulos e um vice-campeonato. Entra na disputa de 2016 para defender a taça conquistada no ano passado.

Na telinha

A TV Gazeta/Globo mostra o estadual para Alagoas com detalhes, tudo em HD. A partir do dia 31, os jogos serão exibidos em horário nobre, quartas e domingos, às 22h e 16h, respectivamente. A transmissão também terá total interatividade com oGloboEsporte.com, que vai fazer os tempos reais dos jogos, com vídeos.

Um problema recorrente em Alagoas voltou a atacar às vésperas do estadual. Até sexta pela manhã, apenas os estádios Olival Elias, em Boca da Mata, Gerson Amaral, em Coruripe, e Arnon de Mello, em Santana, estavam liberados para a primeira rodada.O Rei Pelé só recebeu a certidão de última hora, na sexta à tarde. Ainda há pendências no Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca, Juca Sampaio, em Palmeira dos Índios, e Alfredo Leahy, em Penedo. Estádios

CLUBES 

A última vez que o ASA comemorou o título do Campeonato Alagoano foi em 2011. De lá para cá, o time sempre entra na competição como um dos favoritos, mas não tem repetido o sucesso da última conquista. Em 2015, o Alvinegro teve até um bom desempenho. Ganhou o primeiro turno e chegou às semifinais do segundo, ma não passou pelo CRB na única derrota que teve no campeonato. O técnico Vica espera ter melhor sorte nesta temporada. Leia mais aqui.

O ano de 2015 foi promissor para o CRB, com a conquista do título estadual e a permanência na Série B do Campeonato Brasileiro. O time alagoano não só evitou rebaixamento como também fez a melhor campanha da sua história na Segunda Divisão. E se o ano que passou foi bom, o de 2016 promete ser também emocionante. Com CT novo, o time tem uma motivação extra para ir em busca do bicampeonato alagoano. Leia mais aqui.

Apagar a má impressão deixada nas últimas temporadas e voltar a conquistar o Campeonato Alagoano são os desejos do CSA para a temporada 2016. Há sete anos sem levantar a taça de campeão estadual, a diretoria azulina montou um elenco forte e aposta no técnico Oliveira Canindé para comemorar o título pela 38ª vez. O desafio é grande: se tiver sucesso, o time assegura vaga na Série D do Brasileirão no segundo semestre. Leia mais aqui.

Vice em 2015, o Coruripe tenta voltar ao principal posto no futebol alagoano nesta temporada. Três vezes campeão estadual (2006, 2007 e 2014), o Hulk manteve a base que disputou a Série D no ano passado e reforçou os principais pontos deficientes do elenco anterior. O técnico Leandro Campos retorna a Alagoas após passagem no ASA e comanda a equipe. Confiante, ele vê o campeonato estadual como um dos principais do Nordeste e garantiu que o time vai lutar pelo título.Leia mais aqui.

O CSE luta todos os anos para dar um salto no campeonato estadual. Costuma montar elencos de qualidade, investe, mas não chega às fases decisivas. Em 2016, tenta mudar de patamar. O grupo vem forte, com jogadores conhecidos e o experiente técnico Freitas Nascimento no comando. A tradição e paixão da torcida tricolor também aumentam a força do time. Leia mais aqui.

A missão do Ipanema no Campeonato Alagoano de 2016 é passar longe de qualquer do risco de queda. No ano passado, o Canarinho do Sertão lutou até a última rodada contra o rebaixamento. Para evitar futuros problemas, a diretoria montou um plano especial, encabeçado pelo treinador gaúcho Sandro Pereira. Ele comandou uma pré-temporada forte, e o objetivo é surpreender os favoritos. Leia mais aqui.

O melhor ano da curta história do Murici Futebol Clube foi 2010. Naquela temporada, a equipe conquistou o Campeonato Alagoano e empolgou a torcida. Depois, o Verdão não repetiu boas campanhas e chegou a brigar contra o rebaixamento. As dificuldades financeiras também complicaram a situação e este ano quase o clube não foi confirmado no campeonato. Por problemas de inscrição de atletas, chegou a ser excluído pela federação, mas vai jogar amparado por liminar. Leia mais aqui.

O clube mais velho de Alagoas volta à elite tentando surpreender os adversários. A missão do Penedense se tornou um pouco mais complicada pela não liberação do Estádio Alfredo Leahy. Com quase todos os laudos, menos o da Polícia Militar, e sem os refletores, o clube de Penedo terá que mandar suas partidas fora de casa até o estádio ser liberado. Leia mais aqui.

O Santa Rita quer ir neste estadual mais longe do que foi no último ano. Em 2015, o Leão da Mata não avançou em nenhum dos dois turnos da competição. Foram cinco vitórias, três empates e cinco derrotas, somando a Copa Alagoas e a Copa Maceió. Mas se engana quem pensa que o time passou despercebido. As atuações foram lembradas pelo ataque ofensivo e, principalmente, pelo faro do centroavante Daniel Cruz, artilheiro do campeonato, com 11 gols. Leia mais aqui.

Após 17 anos afastado, o Sete de Setembro retorna à elite do futebol estadual com o propósito de surpreender. Com um dos menores investimentos entre os clubes do Campeonato Alagoano, a equipe do técnico Adriano Cabeça terá que superar clubes tradicionais do estado e a falta de uma grande torcida para permanecer na principal competição local. O Canarinho conquistou o título da Segunda Divisão no ano passado e aposta na permanência dos principais atletas para fazer uma boa campanha. Leia mais aqui.

Coruripe e CRB na final do ano passado (Foto: Ailton Cruz/ Gazeta de Alagoas)

REGULAMENTO

Dez clubes serão divididos em duas chaves. Os times do Grupo A (CSA, ASA, Murici, CSE e Sete) enfrentam os do B (CRB, Coruripe, Ipanema, Penedense e Santa Rita), com jogos de ida e volta. Assim, dois clássicos entre CRB e CSA (cabeças de chave) estão garantidos na primeira fase. 

Os três primeiros de cada grupo avançam e vão disputar um hexagonal com partidas apenas de ida. As quatro melhores agremiações garantem classificação para as semifinais, que serão disputadas no sistema de mata-mata, em cruzamento olímpico, 1º  x  4º e 2º x 3º. 

Os finalistas do campeonato conquistam vagas na Copa do Brasil e Nordestão de 2017, e, se for o caso, para a Série D do Brasileiro de 2016. Caso CRB e ASA façam a decisão, o posto na Quarta Divisão ficará com o terceiro colocado, que também terá um lugar na Copa do Brasil de 2017. Haverá disputa do terceiro lugar entre os semifinalistas derrotados.

Rebaixamento

Os dois últimos colocados de cada chave da primeira fase vão disputar o quadrangular da permanência, com jogos de ida e volta. Nesta etapa do campeonato, os dois últimos serão rebaixados para a Segunda Divisão. Campeão e vice da Segundona desta temporada, Sete e Penedense são as novidades do Alagoano 2016.