Feldman sobre Lopes: "Achou que não era justo o Rio ficar com essa marca"
Secretário-geral da CBF explica reunião com presidentes de Fla e Ferj que selou acordo para autorizar a Primeira Liga nesta quinta.
Gilvan Tavares, Rubens Lopes e Walter Feldman após primeira reunião entre Ferj e Liga na CBF (Foto: Vicente Seda)
Depois da aprovação na noite desta quinta-feira da realização da Primeira Liga em 2016, o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, explicou a negociação que, em um dia, transformou um conflito iminente em consenso. Ele recebeu nesta quinta na entidade o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e o presidente da Federação de Futebol do Rio (Ferj), Rubens Lopes, desafetos declarados desde que um arbitral no início de 2015 terminou em agressões verbais. Segundo Feldman, não houve qualquer acordo ou benefício para que Lopes aceitasse a liberação de mais datas para a Liga, somente a compreensão de que não havia como medir as consequências de um conflito.
Além dos dois dirigentes na CBF, Feldman conversou com outros integrantes por telefone, como o presidente da Liga, Gilvan Tavares, e até mesmo o desafeto do presidente licenciado da CBF, Marco Polo del Nero, o vice da entidade Delfim Peixoto. O secretário-geral afirma que Lopes considerou que não seria justo o futebol do Rio ficar marcado pelo episódio:
- Foi uma onda importante de diálogo e sensatez. Com o Rubinho, houve dois pontos importantes. Primeiro que considerou as declarações dos integrantes da Liga muito sensatas, no auge da crise. Gilvan, Bandeira, sempre falando em diálogo, em achar uma saída. É o corpo da Liga que querem um campeonato, diferente de outros que querem confusão. Ficou muito impressionado com isso. Outro dado foi que ele achou que não era justo o futebol do Rio ficar com essa marca de que era contra. Não era justo, segundo ele, concentrar no futebol do Rio. Então achou que nesse momento tinha de flexibilizar. E o que faltava? A autorização de mais datas para jogos amistosos. Então, era uma flexibilização possível, respeitando o calendário estadual. Não foi dramático, mas foi de muito bom senso.
Questionado se algum tipo de acordo foi negociado com Lopes para que mudasse sua posição - dias atrás qualificava a Liga como "milícia" -, Feldman negou:
- Foi uma das viradas da história. Não houve nenhum acordo. Houve um consenso de que tínhamos de dar uma virada no conflito.
O dirigente disse ainda que a continuação do impasse teria desdobramentos imprevisíveis e que poderia prejudicar não apenas o futebol carioca, mas nacional.
- O mais importante é que o Rio é uma região estratégica para o futebol brasileiro, a ampliação das tensões prejudica o futebol. A gente tem mania de procurar quem ganhou, quem perdeu. O futebol ia perder. Não estamos no momento de o futebol perder. Prejudicaria todo mundo, com consequências que a gente não tem ideia. O Rubinho foi muito importante. Foi muito bom, conversamos educadamente e com a compreensão de que temos de superar essa fase. Não pode uma disputa, um conflito, prejudicar o futebol carioca como um todo. Na hora que se entra numa guerra, não se sabe as consequências. Antes que isso acontecesse, houve muita sensatez.
Além dos dois dirigentes na CBF, Feldman conversou com outros integrantes por telefone, como o presidente da Liga, Gilvan Tavares, e até mesmo o desafeto do presidente licenciado da CBF, Marco Polo del Nero, o vice da entidade Delfim Peixoto. O secretário-geral afirma que Lopes considerou que não seria justo o futebol do Rio ficar marcado pelo episódio:
- Foi uma onda importante de diálogo e sensatez. Com o Rubinho, houve dois pontos importantes. Primeiro que considerou as declarações dos integrantes da Liga muito sensatas, no auge da crise. Gilvan, Bandeira, sempre falando em diálogo, em achar uma saída. É o corpo da Liga que querem um campeonato, diferente de outros que querem confusão. Ficou muito impressionado com isso. Outro dado foi que ele achou que não era justo o futebol do Rio ficar com essa marca de que era contra. Não era justo, segundo ele, concentrar no futebol do Rio. Então achou que nesse momento tinha de flexibilizar. E o que faltava? A autorização de mais datas para jogos amistosos. Então, era uma flexibilização possível, respeitando o calendário estadual. Não foi dramático, mas foi de muito bom senso.
Questionado se algum tipo de acordo foi negociado com Lopes para que mudasse sua posição - dias atrás qualificava a Liga como "milícia" -, Feldman negou:
- Foi uma das viradas da história. Não houve nenhum acordo. Houve um consenso de que tínhamos de dar uma virada no conflito.
O dirigente disse ainda que a continuação do impasse teria desdobramentos imprevisíveis e que poderia prejudicar não apenas o futebol carioca, mas nacional.
- O mais importante é que o Rio é uma região estratégica para o futebol brasileiro, a ampliação das tensões prejudica o futebol. A gente tem mania de procurar quem ganhou, quem perdeu. O futebol ia perder. Não estamos no momento de o futebol perder. Prejudicaria todo mundo, com consequências que a gente não tem ideia. O Rubinho foi muito importante. Foi muito bom, conversamos educadamente e com a compreensão de que temos de superar essa fase. Não pode uma disputa, um conflito, prejudicar o futebol carioca como um todo. Na hora que se entra numa guerra, não se sabe as consequências. Antes que isso acontecesse, houve muita sensatez.
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