No vermelho, São Paulo cobra R$ 20 milhões da CBF
Segundo o ESPN.com.br apurou, o São Paulo não acredita em um retorno da CBF, preparando-se, assim, para resolver a questão no tribunal.
A equipe se baseia no parágrafo 1º do artigo 41 da Lei Pelé para exigir o acerto de contas com o passado.
"Art. 41. A participação de atletas profissionais em seleções será estabelecida na forma como acordarem a entidade de administração convocante e a entidade de prática desportiva cedente.
§ 1o A entidade convocadora indenizará a cedente dos encargos previstos no contrato de trabalho, pelo período em que durar a convocação do atleta, sem prejuízo de eventuais ajustes celebrados entre este e a entidade convocadora", diz o trecho.
Procurado pela reportagem, o presidente Carlos Miguel Aidar tentou desconversar, mas acabou admitindo a cobrança. Em conversa com pessoas próximas, ele não faz segredo de seu desejo de corrigir o que acredita ser uma falha histórica. Na última semana, no encontro que teve com a Globo ao lado de outros quatro clubes, deixou clara a sua contrariedade com a situação.
"Tem que falar com o (departamento) jurídico. Para ser sincero, estavam vendo nesse sentido, sim. Não sei se foi feito, mas havia a intenção de fazer", afirma Aidar ao ESPN.com.br.
"(A notificação) Já foi enviada para eles. A CBF tem que pagar pelo período em que o atleta fica à disposição da seleção. Foi feito um levantamento de todos os atletas que foram convocados, o período que eles ficaram, os salários que recebiam e os valores devidos", explica Serafim, acrescentando que a pesquisa para se chegar ao total cobrado teve início a partir da promulgação da Lei Pelé, em 1998.
Representante da CBF, Carlos Eugênio Lopes, negou que a entidade tenha sido notificada pelo São Paulo.
Em entrevista antes do clássico com o Santos neste domingo, no Morumbi, o presidente tricolor Carlos Miguel Aidar admitiu que o time enfrenta dificuldades financeiras e que deverá fechar a temporada no negativo.
"É claro que temos dívidas. São dívidas bancárias constituídas há anos, desde outras gestões e tentamos ver um modo de pagar isso. Não temos dívidas fiscais. Para terminar o ano sem prejuízo precisamos vender uns dois ou três jogadores grandes, de valores altos. Se não vendermos, vai ser difícil não terminar com déficit", disse.
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