Sassá é hostilizado por torcedores no estádio: “O Botafogo não precisa de você”
Afastado do elenco, atacante acompanha partida contra o Atlético Nacional no Nilton Santos e é xingado por parte da torcida
Não é somente diretoria e comissão técnica que perderam a paciência com Sassá. A conversa nesta semana com alguns torcedores não amenizou a situação, e o clima entre atacante e torcida do Botafogo parece ter azedado de vez. Na noite desta quinta-feira, o jogador foi hostilizado por torcedor no Estádio Nilton Santos.
Acompanhado de atletas que não foram relacionados, como Leandrinho, Sassá acompanhou a partida na tribuna de honra do Estádio Nilton Santos. Ao chegar ao local, o atacante provocou a ira de parte da torcida no Setor Oeste Superior. Nessa semana, o atacante foi afastado pela segunda vez na temporada por indisciplina.
- Sassá, vai se f..., o Botafogo não precisa de você – ouviu o atacante, entre outros xingamentos. A cena voltou a se repetir no intervalo do jogo. O jogador fez um geste de coração para os torcedores enquanto era ofendido.
Artilheiro do Botafogo na temporada, com sete gols, Sassá foi afastado, segundo o Botafogo, por constantes atos de indisciplina, como atrasos. Na última terça-feira, alguns torcedores foram ao Nilton Santos cobrar e conversar com o jogador. O atacante já admitiu publicamente que cometeu alguns erros, mas internamente ele se queixa de que o Botafogo não tem levado em consideração suas questões particulares, como o problema de saúde que seu filho recém-nascido enfrentou recentemente.
A situação de Sassá aparece logo em um momento em que o clube buscava uma renovação de contrato, que parece a cada dia mais longe de um final feliz. As partes começaram uma conversa, mas a pedida dos representantes do atacante assustou: cerca de R$ 5 milhões de luvas e salários de aproximadamente R$ 300 mil. Internamente em General Severiano, a proposta é vista como fora da realidade. Com contrato até dezembro, o Cruzeiro já demonstrou interesse no jogador.
- Ele é jogador do Botafogo. Contrato até 31 de dezembro. Treinando e acompanhando dentro da avaliação da comissão técnica. É importante que o atleta demonstre comprometimento com o grupo para o Jair se sentir à vontade para escalá-lo. Chega nesse período de seis, oito meses antes do fim do confronto, e os empresário viram protagonistas. Herança da Lei Pelé, que os clubes têm que combater. Num momento desse, deixa de valer interesse de todos, da torcida, e todos passam a ser movidos pelo empresário. Isso não é bom. É fruto de um clima nitidamente a partir de uma pedida totalmente fora da realidade para a renovação - disse o presidente Carlos Eduardo Pereira, após a partida.
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