Lado direito + bola aérea + pontaria: o que o Bota precisa ajustar para voltar a vencer

Com só uma vitória em seis jogos, Alvinegro sofreu metade dos últimos 10 gols em jogadas nas costas do lateral ou em chuveirinhos. No ataque, aproveitamento em chances claras é só 14,8%

Botafogo vem sofrendo gols pelo lado direito e bola aérea
Com só uma vitória nos últimos seis jogos, o Botafogo tenta espantar a má fase para voltar a ganhar nesta quinta-feira, às 21h45 (de Brasília), contra o Atlético Nacional, da Colômbia, no Nilton Santos. E, assim, garantir uma vaga nas oitavas de final da Libertadores. Mas por que o time que vinha dando show no principal torneio da América do Sul caiu tanto de rendimento ultimamente? Esta é a pergunta que foi feita diariamente aos jogadores em coletivas de imprensa e que ficava sem respostas.
Para tentar entender o que vem dando errado, o GloboEsporte.com levantou números dos últimos jogos. E viu que nos 10 gols sofridos nesses confrontos, metade nasceu de um somatório de jogadas pelo lado direito da defesa e bolas aéreas (veja no vídeo acima). Sem um lateral de ofício, Jair Ventura improvisou Marcelo, Fernandes e Emerson Santos e já reclamou publicamente da carência do setor, uma vez que Luis Ricardo, Jonas e Marcinho se lesionaram gravemente. A diretoria contratou Arnaldo, ex-Ituano, mas ele só poderá ser inscrito nas oitavas de final.
Fantasma no ano passado, bola aérea ainda assombra Botafogo (Foto: Satiro Sodré/SSPress/Botafogo)Fantasma no ano passado, bola aérea ainda assombra Botafogo (Foto: Satiro Sodré/SSPress/Botafogo)
Fantasma no ano passado, bola aérea ainda assombra Botafogo (Foto: Satiro Sodré/SSPress/Botafogo)
Em relação à bola aérea, ela já foi o fantasma da equipe no ano passado e nesta temporada ainda tem dado dor de cabeça para os botafoguenses. Dos 29 gols sofridos até aqui em 2017, nove nasceram em cruzamentos para a área – quase um terço do total. Sendo que três deles aconteceram nos últimos seis jogos: Douglas (Vasco), Guerrero (Flamengo) e Ramiro (Grêmio). Vale ressaltar que o Alvinegro teve três diferentes duplas de zaga nessas partidas: Carli e Emerson Silva; Renan Fonseca e Igor Rabello; e Marcelo e Igor Rabello.
Mas não só o setor defensivo carece de ajustes. No ataque, o time fez apenas quatro gols nos últimos seis jogos – dois de Guilherme e dois de Sassá – e também precisa voltar a funcionar. Chances não faltaram, e sim pontaria. Ao todo, o Botafogo finalizou 72 vezes – média de 12 por confronto – e criou 27 oportunidades claras. Porém, o aproveitamento do time nelas foi de apenas 14,8%. Pimpão e Roger, vice-artilheiros da equipe em 2017 com cinco gols cada um – atrás do afastado Sassá, que tem sete – vivem jejum e não marcam desde março.
Vice-artilheiros, Pimpão e Roger não marcam desde março (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)Vice-artilheiros, Pimpão e Roger não marcam desde março (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
Vice-artilheiros, Pimpão e Roger não marcam desde março (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
O Botafogo pode até se classificar na Libertadores com um empate: para isso, o Estudiantes, da Argentina, não pode derrotar o Barcelona de Guayaquil no Equador, em jogo que começa às 19h30 (de Brasília) desta quinta-feira. Mas para não depender dos outros, basta ao Alvinegro encerrar a má fase, voltar ao rumo das vitórias e espantar a desconfiança.

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