Raio-x da Série C: conheça os times, veja favoritos e as "babas" do torneio

Competição começa neste fim de semana. Primeira fase será com dois grupos de dez times, divididos por região. Quem chegar à semi se garante na Série B


A Série C do Campeonato Brasileiro começa neste fim de semana com 20 clubes buscando o título e o acesso à segunda divisão. Os times são divididos em dois grupos de dez, escolhidos por região (Grupo A com Nordeste, Norte e Centro-Oeste; e grupo B com Sudeste e Sul). Os quatro melhores de cada chave se classificam para as quartas de final, quando enfrentam adversários do outro grupo (1º x 4º e 2º x 3º). Quem passar à semifinal está garantido na Série B de 2018.
Em 2017, cinco times que já conquistaram a terceira divisão estão novamente na disputa: Joinville, Sampaio Corrêa, Remo, Bragantino e Macaé já foram campeões da Série C. O Confiança nunca foi campeão, mas é o clube que mais esteve na Terceirona e vai disputar a competição pela 18ª vez. O Fortaleza é o time que está há mais tempo na terceira divisão do Brasileirão: desde 2010.
O Globoesporte.com fez uma análise dos 20 clubes e aponta a ambição de cada um no início da competição. Confira.
GRUPO A
ASA - Arapiraca (AL)
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Estádio: Coaracy da Mata Fonseca/Municipal Arapiraca/Fumeirão
Destaque: Leandro Kível (ATA)
Quem sou eu: Ganhou projeção nacional depois de 2000. De lá pra cá, conquistou seis títulos alagoanos, eliminou o Palmeiras na Copa do Brasil e disputou a Série B de 2010 a 2013. Ainda foi vice-campeão da Série C e da Copa do Nordeste.
Momento: Terceiro colocado no estadual, o time está superando a grave crise financeira de 2016. Aposta em jogadores menos badalados e, apesar de ter montado um elenco barato, fez boas apresentações no Alagoano e na Copa do Brasil. A melhor foi na vitória por 2 a 0 contra o Coritiba, no Paraná, pela competição nacional.
Análise GE: Avançou até a terceira fase da Copa do Brasil e melhorou o caixa. Isso tranquiliza mais o elenco. Os dirigentes ainda estão negociando renovações e também vão contratar para a Série C, mas sem fazer grandes investimentos. Forte em Arapiraca, o time luta inicialmente para ficar longe do rebaixamento. Deve ficar na zona intermediária.
Botafogo - João Pessoa (PB)
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Estádio: José Américo de Almeida Filho/Almeidão
Destaque: Michel Alves (GOL), Val (VOL), Warley (ATA) e Rafael Oliveira (ATA)
Quem sou eu: O maior vencedor da história do futebol paraibano com 28 títulos estaduais, oito a mais que o Campinense. Também é o único clube do estado a ter um título nacional: campeão da Série D em 2013. O Belo apresenta uma das maiores médias de público do país. O time vem numa fase de reestruturação, iniciada em 2013 com o título da quarta divisão. De lá para cá, são três títulos estaduais (e dois vice-campeonatos), além de participações consistentes na Série C.
Momento: Viveu altos e baixos na temporada. No entanto, o desgaste provocado pelas eliminações precoces na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste já foi assimilado. O Belo conquistou com sobras o título paraibano, com 16 vitórias em 22 jogos. Utilizou 36 jogadores na campanha, alguns deles de uma promissora safra do sub-20 - como o volante Djavan, que já despertou o interesse de times como Palmeiras, Inter e Avaí. O técnico Itamar Schülle está no clube há dois anos e é um dos mais longíquos da Série C. Inicia a competição embalado pelo título estadual, o que deve deixar o elenco mais leve nesse início de competição.
Análise GE: É um time equilibrado, que faz muitos gols e toma poucos. A boa fase de Rafael Oliveira anima a torcida (tem 18 gols em 20 jogos realizados neste ano). O objetivo continua sendo o mesmo: o acesso. E o time tem muitas chances para isso, principalmente pela experiência acumulada em 2016, quando só foi eliminado pelo campeão Boa Esporte, com um gol aos 50 minutos do 2º tempo.
Confiança - Aracaju (SE)
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Estádio: Lourival Baptista/Batistão
Destaque: Tito (ATA), Rafael Villa (MEI) e Éverton Santos (MEI)
Quem sou eu: Uma das três grandes forças do futebol sergipano e o segundo maior campeão do estado. Campeão em 2017, chega ao 20º título (21º se contar o de 2000, que está sub-júdice). O Confiança é conhecido como time proletário, ou Dragão do Bairro Industrial. Nasceu de origem dos trabalhadores de uma fábrica de tecidos, a Fábrica Confiança.
Momento: Voltou a vencer o Campeonato Sergipano, com a melhor campanha na primeira fase do torneio e a segunda melhor no hexagonal final. Ao todo, foram 14 vitórias em 21 jogos no estadual.
Análise GE: Renovou 80% do elenco em relação ao que disputou a Série C do ano passado. Portanto, a expectativa era de que o time tivesse uma certa dificuldade para engrenar neste início de ano. Porém, ele se superou e fez uma ótima campanha no estadual, desbancando inclusive o maior rival dele, o Sergipe, que tinha um orçamento maior na temporada. Para a Série C, se conseguir manter o elenco e fazer duas ou três contratações pontuais, dá para sonhar com a classificação.
CSA - Maceió (AL)
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Estádio: Rei Pelé
Destaque: Mota (GOL), Thales (ZAG) e Dawhan (VOL)
Quem sou eu: O maior campeão de Alagoas, chegou em segundo lugar na Taça de Prata por três vezes e já foi vice-campeão da Conmebol, em 1999. Tem uma torcida apaixonada, que costuma encher o Estádio Rei Pelé e pressionar os adversários. Foi também vice-campeão da Série D no ano passado e voltou a ganhar espaço no futebol nacional.
Momento: Perdeu o título alagoano para o CRB e reformulou o elenco. Trocou o técnico Oliveira Canindé por Ney da Mata (ex-Campinense), dispensou sete jogadores (Jeferson, Luís Soares, Matheus Lima, Jacó, Jean, Douglas e Panda) e contratou 13 (Dalton, Dick, Boquita, Ramon, Jorge Felipe, Daniel Pereira, Rosinei, Cristiano, Caíque, Michel, Jonathan, Gustavinho e Lessinho). O pacotão foi anunciado nessa segunda feira, uma dia após a final do estadual.
Análise GE: Montou um time pior que o do ano passado. Falta força ofensiva. Além disso, as principais peças do meio-campo, Didira e Daniel Costa, não renderam ainda o esperado na temporada. Precisa contratar para não levar sustos na competição nacional. Até pela pressão da torcida, o objetivo é subir, mas precisa investir em jogadores de melhor qualidade, principalmente do meio para frente. Diretoria tem recursos e promete contratar.
Cuiabá - Cuiabá (MT)
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Estádio: Arena Pantanal / Estádio Eurico Gaspar Dutra.
Destaque: Henal (GOL), Douglas Mendes (ZAG) e Betinho (ATA)
Quem sou eu: O clube é novo, foi fundado em 2001. O time disputou o estadual de 2003 pela primeira vez e já foi campeão. De lá para cá foram sete títulos estaduais, o título da Copa Verde em 2015 e o acesso à Série C do Brasileiro em 2016.
Momento: Manteve a base que terminou bem a Série C do ano passado. O time começou o ano muito bem e conseguiu eliminar a Ponte Preta pela 2ª fase da Copa do Brasil, em Campinas. Mas a eliminação na Copa Verde para o modesto Rondoniense balançou o ambiente do clube. Eliminou o Luverdense na semifinal, venceu o Sinop na final, conquistou o estadual e o clima melhorou.
Análise GE: O técnico é o Roberto Fonseca e ele monta o time com dois volantes, um meia e três atacantes, dois pelas laterais e um pelo meio. Alguns reforços já chegaram a Cuiabá e o time do estadual deve mudar muito para a Série C.
Fortaleza - Fortaleza (CE)
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Estádio: Castelão / Alcides Santos
Destaque: Lúcio Flávio (ATA) e Zé Carlos, “Zé do Gol” (ATA)
Quem sou eu: Um dos maiores campeões estaduais, com 41 títulos. No entanto, no Brasileiro, a história não é boa. Já são oito temporadas na Série C (time há mais tempo nesta divisão). Novamente, o Tricolor do Pici chega sonhando alto na competição após bater na trave por mais um ano.
Momento: A temporada não está boa para o Fortaleza. O time foi eliminado da Copa do Nordeste na fase de grupos, da Copa do Brasil na primeira fase e não chegou às finais do estadual. A presidência renunciou, o clube demitiu o técnico Marquinhos Santos e contratou Paulo Bonamigo. Haverá novas eleições no Pici. O momento para o clube é de reestruturação imediata, principalmente às vésperas da Série C.
Análise GE: O momento não é o melhor para o Fortaleza. O time sofreu eliminações precoces em todas as competições que participou e isso acabou refletindo na diretoria, que renunciou. No processo de reestruturação imediata, o Leão precisa se reerguer rapidamente se quiser prosperar. Mais um tropeço na Série C pode custar mais do que apenas uma nova eliminação. O time tem tradição e chega para brigar pelo acesso, mas precisa tomar cuidado para não sofrer uma nova eliminação na temporada.
Moto Club - São Luís (MA)
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Estádio: Governador João Castelo/Castelão
Destaque: Toni Galego (MEI) e Válber (MEI)
Quem sou eu: Após 12 anos, o Moto volta a disputar a Série C do Campeonato Brasileiro. Segundo maior campeão maranhense, o Rubro-Negro tenta se consolidar no terceiro escalão do futebol brasileiro, após ficar afastado do cenário nacional e até amargar rebaixamentos estaduais na última década.
Momento: Eliminado na primeira fase da Copa do Brasil e na fase de grupos da Copa do Nordeste, o Rubro-Negro ainda tenta salvar o primeiro semestre com o Campeonato Maranhense. Com uma disputa judicial pela classificação para a final do segundo turno, o Papão ainda sonha em alcançar o bicampeonato maranhense em 2017. Com os maus resultados, Leston Junior é o quarto treinador do time, substituindo Marcinho Guerreiro, que foi efetivado em dois jogos no Rubro-Negro.
Análise GE: Com as diversas trocas no comando e os maus resultados do primeiro semestre, o Moto Club brigará para permanecer na Série C.
Remo - Belém (PA)
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Estádio: Mangueirão
Destaque: Edgar (ATA)
Quem sou eu: Um dos clubes mais antigos do Pará e de maior torcida da região norte, ao lado do grande rival Paysandu, o Remo busca se estabilizar novamente no cenário nacional após anos turbulentos no futebol e em seus bastidores. Já são dez anos fora da Série B, divisão nacional que o time azulino tem mais participações (21). Será o segundo ano consecutivo na Terceirona e seu principal objetivo é o acesso. O Leão Azul tem um título da competição, conquistado em 2005, ano de seu centenário.
Momento: O time entra no Brasileiro com a ambição do acesso, porém com um elenco ainda pouco conhecido. Da base que disputou o estadual, os mais jovens serão emprestados e outros não terão o contrato renovado. Praticamente um novo plantel está sendo formado para a Série C – já são mais de dez contratações. Porém, caiu cedo na Copa Verde (quartas de final) e na Copa do Brasil (primeira rodada). Foi vice-campeão do Campeonato Paraense.
Análise GE: Mesmo com um plantel enxuto e tecnicamente limitado, passou dez rodadas do estadual sem perder, teve a melhor campanha, o ataque mais positivo e a terceira melhor defesa. Para o Brasileiro a experiência de Josué é um ponto a favor do Leão. Aos 56 anos, o treinador busca seu segundo título. O primeiro foi em 2014, com o Macaé. O elenco deve responder bem ao seu comando: todas as contratações feitas até o momento para o Brasileiro foram sob sua indicação.
Salgueiro - Salgueiro (PE)
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Estádio: Cornélio Barros/Salgueirão
Destaque: Marcos Tamandaré (LAD)
Quem sou eu: Apenas 12 anos de profissionalização, mas já se consolidou como a quarta força do futebol pernambucano. Nesse curto período, o clube sertanejo conseguiu o acesso à Série B em 2010, chegou às oitavas de final da Copa do Brasil de 2013 e, em 2015, o time foi vice-campeão estadual. Este ano, disputa o título com o Sport.
Momento: O Carcará do Sertão chegou à final do Campeonato Pernambucano como dono da melhor campanha. Na semifinal, eliminou o Santa Cruz. O time do técnico Evandro Guimarães tenta o seu primeiro título estadual.
Análise GE: Não foi por acaso que o Salgueiro chegou à final do Campeonato Pernambucano. O time, que tem uma base que joga junta há, pelo menos, cinco anos, pode surpreender na Série C. Há um ano comandando a equipe, o técnico Evandro Guimarães utiliza bem as peças que tem no elenco. A solidez da defesa tem sido o ponto forte do Carcará em 2017.
Sampaio Corrêa - São Luís (MA)
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Estádio: Governador João Castelo/Castelão
Destaque: Hiltinho (MEI) e Isaac (ATA)
Quem sou eu: Campeão da Série C em 1997 e vice em 2013, o Sampaio tenta reencontrar dias melhores. Após o rebaixamento da Segunda Divisão em 2016, o Tricolor quer apagar os piores momentos de sua história recente com uma boa campanha na Série C.
Momento: Apesar da eliminação na fase de grupos da Copa do Nordeste, o Tricolor fez sua melhor campanha na Copa do Brasil, chegando até a terceira fase. No Campeonato Maranhense, briga na Justiça com o Moto por uma das vagas na decisão do segundo turno. Para a Série C, o técnico Francisco Diá reformulou parte do elenco, com nove dispensas, entre os quais o meia Daniel Barros, que era um dos artilheiros do time com três gols. Nas contratações, os meias Fernando Sobral e Marlon aparecem como possíveis titulares durante a competição.
Análise GE: Com uma campanha irregular na primeira parte da temporada, o Sampaio Corrêa chega cheio de dúvidas para a Série C e deve brigar na parte de baixo da tabela.
GRUPO B
Botafogo - Ribeirão Preto (SP)
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Estádio: Santa Cruz
Destaque: Neneca (GOL), Morais (MEI) e Edno (ATA)
Quem sou eu: Sonha em conseguir o acesso que lhe escapou por um gol em 2016. Caso consiga subir à Série B, será um presente ao clube, que em 2018 completará 100 anos de existência. Com nove temporadas seguidas no Paulistão e o título da Série D do Brasileiro em 2015, o clube tenta se estabelecer como a sexta força do estado de São Paulo, atrás dos quatro grandes e da Ponte Preta. O clube do interior paulista também é famoso por revelar jogadores importantes ao futebol brasileiro, como os irmãos Sócrates e Raí.
Momento: Em 2017, o Botafogo completou nove temporadas seguidas na elite estadual, o que não acontecia desde os anos 1980. O Pantera chegou às quartas de final e foi eliminado pelo Corinthians, após dois jogos duríssimos. A campanha valorizou o elenco, que perdeu Filipe, Gualberto, Matheus Mancini, Fernandinho, Bileu, Marcão Silva, Rafael Bastos e Marcão, além do técnico Moacir Júnior. Nomes importantes ficaram, como o goleiro Neneca, o lateral-direito Samuel Santos e o atacante Francis. O clube promoveu o técnico do sub-20, Rodrigo Fonseca, ao profissional, e contratou os zagueiros Gladstone e Cardoso, o lateral-esquerdo Gerley, os meio-campistas Matheus Cancian, Walfrido e Morais, além do atacante Edno.
Análise GE: Embora tenha feito um bom Campeonato Paulista, o elenco foi bastante modificado para disputar a Série C. O técnico Rodrigo Fonseca, ainda jovem, com 44 anos, terá a melhor chance da carreira para se firmar. A proposta dele é ofensiva. Com um elenco formado por oito remanescentes dos últimos anos, jovens promovidos das categorias de base e oito reforços, o Botafogo é uma incógnita, mas pode encaixar caso Fonseca consiga transferir sua teoria ofensiva ao campo de jogo.
Bragantino - Bragança (SP)
 (Foto: GloboEsporte.com) (Foto: GloboEsporte.com)
(Foto: GloboEsporte.com)
Estádio: Nabi Abi Chedid/Nabizão
Destaque: Guilherme Mattis (ZAG) 
Quem eu sou: Uma equipe tradicional do interior de São Paulo. Foi campeão da Série B do Brasileirão em 1989, da Série C em 2007, Paulista em 1990 e vice-campeão brasileiro em 1991. Já foi dirigido pelos técnicos Vanderlei Luxemburgo e Carlos Alberto Parreira nos anos 1990. O volante Mauro Silva, tetracampeão mundial com a Seleção em 1994, já vestiu a camisa do clube.
Momento: No início deste mês, conquistou o retorno à elite do futebol paulista após dois anos na Série A2.
Análise GE: O Bragantino chega à Série C animado pela conquista do acesso na segunda divisão paulista. A meta do clube é subir para a Série B neste ano. O elenco que disputou o estadual pode até brigar pelo acesso, mas teria que ser reforçado para chegar ao torneio como favorito.
Joinville - Joinville (SC)
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Estádio: Arena Joinville
Destaque: Renan Teixeira (MEI), Alex Ruan (LAE) e Caique (LAD)
Quem sou eu: Nascido a partir da fusão do América e Caxias, dois tradicionais adversários do futebol local. Com 12 títulos estaduais, o Tricolor é o único octacampeão catarinense. O Coelho também ostenta duas estrelas no peito, pela Série C em 2011 e Série B em 2014.
Momento: Depois de um início muito ruim, terminando o turno na penúltima colocação, o JEC cresceu no Estadual e, ao mesmo tempo, na Copa do Brasil. Brigou pelo título do returno até as rodadas finais e alcançou a quarta fase da competição nacional pela primeira vez, sendo eliminado nos pênaltis pelo Sport. Com duas quedas seguidas, da Série A para a Série C em dois anos, o time passou por uma grande reestruturação, aproveitando muitos atletas da base, mas aos poucos mesclando com experientes jogadores. O que começa a dar resultado.
Análise GE: Time que demorou a encaixar. Após algumas lesões, jogadores pouco aproveitados começaram a mostrar o potencial, às vezes em funções diferentes da posição de origem, como Alex Ruan, na ponta, e Breno, como volante, meia ou atacante - Aldair também joga no meio ou no ataque. Pelo retrospecto de Série A e B dos últimos anos e com uma folha salarial considerada alta para a C, chega como um dos favoritos para o acesso.
Macaé - Macaé (RJ)
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Estádio: Cláudio Moacyr de Azevedo/Moacyrzão
Destaque: Com uma equipe totalmente reformulada, não tem destaques.
Quem sou eu: Desde 2010, só não disputou a Série C em 2015. Ao todo, são nove participações nesta divisão, em que foi campeão em 2014. Em 2016, ficou em oitavo no grupo e quase foi rebaixado para a série D. No Campeonato Carioca, tinha se firmado na primeira divisão, mas foi rebaixado em 2017.
Momento: Apostando em nomes pouco conhecidos e com apenas uma semana de preparação para a Série C do Campeonato Brasileiro, o Macaé entra na competição cotado para ocupar as últimas posições - assim como aconteceu no Campeonato Carioca, em que o clube realizou a pior campanha. Mas, apesar de entrar pressionado pela crise financeira e pelo pouco tempo de trabalho, o Alvianil Praiano pode se apegar ao fator histórico para tentar inverter esta situação. Em 2014, o time foi campeão da competição após entrar desacreditado.
Análise GE: É sério candidato ao rebaixamento para a Série D do Brasileiro. Após fazer a pior campanha da elite do Campeonato Carioca, quando conquistou apenas dois pontos em 11 partidas, a equipe só se reapresentou para a Série C na semana passada. Além do atraso na preparação, o clube passa por uma crise financeira, que resultou na montagem de um elenco jovem, com muitas apostas.
Mogi Mirim - Mogi Mirim (SP)
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Estádio: Vail Chaves
Destaque: Poti (GOL), Emerson (ZAG) e Matheus Ortigoza (ATA)
Quem sou eu: Tradicional clube do interior paulista, o Mogi Mirim viveu seu auge no início da década de 90, quando Oswaldo Alvarez, o Vadão (atual treinador do Guarani) montou o chamado "Carrossel Caipira". Naquele time surgiram nomes como o pentacampeão Rivaldo.
Momento: O Sapo foi rebaixado da Série A2 (segunda divisão) para a Série A3 do Paulista. A atual administração acumula três rebaixamentos em quase dois anos no comando do clube.
Análise GE: As incertezas que rondam o Mogi Mirim fazem do time um dos candidatos ao rebaixamento na Série C. Existe a possibilidade de uma parceria com o Audax, clube de Osasco, mas ainda não há nada oficial.
São Bento - Sorocaba (SP)
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Estádio: Municipal Walter Ribeiro 
Destaque: Rodrigo Viana (GOL), Marcelo Cordeiro (LAE)
Quem sou eu: Um dos mais tradicionais times do interior de São Paulo. O clube ficou por 29 anos consecutivos na elite do futebol paulista, mas no início da década de 1990 passou por problemas financeiros e quase declarou falência. De volta à primeira divisão em 2015, o São Bento busca voltar a ser uma das principais forças do interior paulista.
Momento: O desempenho no estadual ficou muito abaixo do que foi esperado por todos no clube, que contratou jogadores badalados como Morais e Ricardo Bueno. A permanência na elite veio apenas na última rodada.
Análise GE: Sem o mesmo investimento do Campeonato Paulista, o São Bento perdeu praticamente todo o time que disputou o estadual, ficando apenas sete jogadores. Com projeção de gastar R$ 100 mil/mês com a folha salarial, a perspectiva é de manter-se na Série C.
Tombense - Tombos (MG)
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Estádio: Antônio Guimarães de Almeida/Almeidão
Destaque: Anderson (ZAG), Coutinho (VOL) e João Paulo (MEI)
Quem sou eu: Um clube-empresa, presidido por Lane Gaviolle, que é sócio do empresário Eduardo Uram na empresa Brasil Soccer. No futebol profissional desde 2001, o Tombense tem 102 anos de fundação (completa 103 em 7 de setembro). Campeão da série D do Brasileiro em 2014, o Gavião carcará chegou às semifinais do Campeonato Mineiro em 2013, seu primeiro ano na elite estadual, e 2015. É uma das forças do interior.
Momento: O Tombense fez um bom Estadual, ficando na sétima colocação, com 14 pontos. Porém, o time viveu a frustração de perder a classificação para a semifinal na última rodada, quando perdeu por 2 a 0 para a URT, no Almeidão, em casa.
Análise GE: O Tombense briga pelo acesso. O técnico Raul Cabral fez um bom Campeonato Mineiro e tem um bom elenco nas mãos para a Série C. A continuidade do trabalho e a manutenção da espinha dorsal podem render frutos para o time, que disputa pela terceira vez a Série C, e nunca passou da primeira fase.
Tupi - Juiz de Fora (MG)
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Estádio: Municipal Radialista Mário Helênio/Helenão
Destaque: Leandro Ferreira (VOL) e Marcel (VOL)
Quem sou eu: As maiores conquistas do clube são a Taça Minas Gerais de 2008 e a Série D do Campeonato Brasileiro, em 2011. Na elite do Campeonato Mineiro em sequência desde 2006, o alvinegro acumula títulos do Interior – tradicionais em Minas Gerais – e ostenta o apelido de “Fantasma do Mineirão”, por ter vencido Atlético-MG, Cruzeiro e América-MG no estádio em 1966. Em 2015, subiu para a Série B, mas retornou à Série C com o rebaixamento no ano seguinte.
Momento: O Tupi passa por um momento ruim. No Campeonato Mineiro o time brigou para não cair e terminou a competição na nona posição. Sem dinheiro, o time perdeu os atacantes Flávio Caça-Rato e Jajá, e tenta repor as saídas com jogadores emprestados por outros clubes.
Análise GE: A equipe briga para permanecer na Série C. O técnico Aílton Ferraz é um bom treinador, faz bom trabalho, mas tem poucas peças para escalar a equipe e não tem reposição à altura. Há alguns atletas jovens, com certa qualidade. Porém, são muito inexperientes.
Volta Redonda - Volta Redonda (RJ)
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Estádio: Raulino de Oliveira
Destaque: Dija Baiano (ATA), João Cleriston (VOL) e Marcelo (VOL)
Quem sou eu: Em seus 41 anos de história, um vice-campeonato carioca era o maior feito do clube, até o título da Série D, no ano passado, que colocou uma estrela no uniforme pela primeira vez. Tem como trunfo o Raulino de Oliveira, estádio com capacidade para cerca de 20 mil pessoas. Sofre com a preferência dos moradores da cidade pelos quatro grandes do Rio, e não consegue ocupar nem 10% das arquibancadas durante seus jogos.
Momento: Foi abaixo das expectativas durante o Campeonato Carioca, sem conseguir avançar a uma semifinal de turno e terminando na sétima colocação. Na Copa do Brasil, teve o Cruzeiro pela frente logo na primeira fase e acabou sendo eliminado.
Análise GE: É um clube com os pés no chão, que se organiza para ser ambicioso. Quer se consolidar no futebol nacional e em seu retorno à Série C já chega se colocando entre os candidatos a subir de divisão. Para isso, trouxe de volta nomes importantes na campanha do acesso, como o treinador Felipe Surian e o atacante Dija Baiano. É financeiramente equilibrado e não faz loucuras que comprometem o orçamento. A preparação vem sendo feita com muito cuidado. Pode dar trabalho.
Ypiranga - Erechim (RS)
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Estádio: Colosso da Lagoa
Destaque: Talles Cunha (MEI)
Quem sou eu: Dono do maior estádio do Interior do Rio Grande do Sul, o Ypiranga garantiu vaga na Série C em 2016, depois de ser um dos quatro melhores da D no ano anterior, quando disputou a competição apenas pela segunda vez. Foi campeão gaúcho do Interior em 2009.
Momento: Começou muito mal o ano. Arrancou no Gauchão 2017 com quatro derrotas seguidas, trocou de treinador e, quando parecia estar encontrando um esboço de time, não havia mais tempo para recuperação. Foi rebaixado com a segunda pior campanha do Estadual, com duas vitórias, três empates e seis derrotas – a única vantagem sobre o lanterna foram dois gols a mais de saldo, que terminou negativo: menos 7.
Análise GE: A principal queixa de torcedores é a falta de uma base. Neste ano, a diretoria resolveu trocar quase todo o time, inclusive a comissão técnica. Foram 18 novos jogadores em um elenco de 29 para disputar o Gauchão. No meio do campeonato, saíram atletas que tinham sido contratados para serem destaque, como Diego Torres. Com o fim do Estadual, o time se desfez de novo. Pelo menos 10 jogadores saíram e ainda não há um elenco pronto. A falta de amistosos antes do Gauchão é usada até hoje como desculpa pela direção para não ter enxergado as deficiências do time. Isso, contudo, se repete agora. A nova equipe fez apenas um amistoso, contra o Juventude, e perdeu.

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