Zagueiro que não foi relacionado se emociona ao elogiar Bruno Rangel
Na Arena Condá, Rafael Lima fica consternado ao falar sobre o acidente e de
seus companheiros, em especial do atacante, e agradece por chance de estar vivo
O clima foi de desolação total na Arena Condá, em Chapecó. Jogadores da equipe que não viajaram com a delegação que sofreu o acidente aéreo na Colômbia estiveram no estádio em busca de informações e para prestar homenagens aos companheiros. O zagueiro Rafael Lima, que não foi relacionado para a final da Sul-Americana, estava consternado.
Rafael, que perdeu espaço na equipe titular ao longo da temporada, se mostrou muito emocionado ao elogiar o atacante Bruno Rangel, que é o maior artilheiro da história da Chapecoense.
- Nós sentávamos um do lado do outro no vestiário, isso há algum tempo. Mesmo ele indo para fora, para o mundo árabe e depois voltando a gente não perdeu o contato. Hoje infelizmente ele deixou o Daniel e a Bárbara, os seus filhos. Vamos procurar dar força para quem fica. Procurar que todos levem uma vida todos juntos - disse Rafael.
- Nós sentávamos um do lado do outro no vestiário, isso há algum tempo. Mesmo ele indo para fora, para o mundo árabe e depois voltando a gente não perdeu o contato. Hoje infelizmente ele deixou o Daniel e a Bárbara, os seus filhos. Vamos procurar dar força para quem fica. Procurar que todos levem uma vida todos juntos - disse Rafael.
Rafael ficou muito emocionado ao falar sobre o acidente (Foto: Amanda Kestelman / GloboEsporte.com)
Aos 30 anos, Rafael, que já foi capitão da Chapecoense, agradeceu a "oportunidade" por ainda estar vivo e mencionou a filha e a esposa.
- Eu estou aqui desde a Série C e fui capitão por quatro anos consecutivos. Em 2016, eu acabei perdendo minha posição, mas continuei trabalhando. Eu queria ir. Muitas vezes somos ingratos e pensamos que as coisas tem que que ser como queremos. Eu acredito em Deus, e infelizmente meus irmãos partiram. Deus mostrou para mim que eu tenho mais alguma coisa para fazer aqui. Hoje eu estou triste, sim, consternado, mas posso dar um abraço na minha filha, um beijo na minha esposa. Saber que eu posso estar respirando, saber que vou acordar amanhã e levar minha filha para onde ela quiser. E meus irmãos não vão poder fazer isso. Foi uma perda quase que total. Como eu falei, a gente realmente tinha um grupo.
Por fim, relembrou o clima de união do grupo de jogadores da Chapecoense e lamentou novamente a perda dos amigos.
- A maioria dos jogadores que infelizmente não estão mais conosco fez o melhor ano de suas carreiras. Bem provável que alguns deles saíssem da Chapecoense para outros grandes clube e até seleção brasileira. Além de serem pessoas fantásticas. Estávamos sempre confraternizando. Não fazíamos média com ninguém. Nós realmente nos gostávamos. Todo mundo queria o melhor para o grupo. Hoje o futebol está deixado totalmente de lado. Estamos lamentando as perdas de muitos amigos e irmãos.
- A maioria dos jogadores que infelizmente não estão mais conosco fez o melhor ano de suas carreiras. Bem provável que alguns deles saíssem da Chapecoense para outros grandes clube e até seleção brasileira. Além de serem pessoas fantásticas. Estávamos sempre confraternizando. Não fazíamos média com ninguém. Nós realmente nos gostávamos. Todo mundo queria o melhor para o grupo. Hoje o futebol está deixado totalmente de lado. Estamos lamentando as perdas de muitos amigos e irmãos.
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