Triste pela derrota, Jair critica grama sintética, mas elogia atuação do Bota

Treinador perde sua invencibilidade, mas afirma ter gostado da performance do time: "Assim como não ficamos eufóricos com as vitórias, não vamos nos abater agora"

jair técnico botafogo  (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)Jair Ventura (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)
Na noite desta segunda-feira, na Arena da Baixada, Jair Ventura perdeu sua invencibilidade à frente do Botafogo. A derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR foi a primeira do time carioca desde que o treinador assumiu o time, após a saída de Ricardo Gomes. O resultado, obviamente, não agradou o treinador, mas a atuação do seu time, sim. Jair diz que o time volta ao Rio de Janeiro de cabeça erguida por conta do futebol apresentado em Curitiba. 
- O futebol tem dessas coisas. Criamos mais que o adversário, tivemos mais passe de bola (58%), finalizamos 13 vezes contra 10 do Atlético-PR... Sofremos um gol de bola parada, algo que treinamos bastante. Mérito do Atlético-PR, não dá para ficar lamentando. Estou triste com a derrota, mas satisfeito pela performance. O treinador tem sempre que cobrar performance, só assim para o time evolui. O resultado tem variáveis que você não pode controlar. Teremos uma sequência de jogos boa em casa. Estou triste com a derrota, mas de cabeça erguida. Assim como não ficamos eufóricos com as duas vitórias, não vamos nos abater com essa derrota - disse Jair Ventura.  
Jair Ventura também não escondeu a dificuldade que o Botafogo teve por atuar no gramado sintético da Arena da Baixada, o único da Série A do Campeonato Brasileiro
- Seria uma hipocrisia falar que não. Sim, a gente começa um jogo muito difícil, tentando se adaptar e toma o gol com sete minutos com a bola ainda muito mais viva do que o normal. Eu joguei um Mundial Sub-17, não querendo botar desculpa, nós perdemos a semifinal para o Uruguai, não foi nem por causa da grama, mas durante a competição tivemos jogadores que não conseguiam terminar a partida com bolha, para quem joga futebol sabe que é diferente. Mas enfim, a Fifa, todo mundo deixa jogar, é um caso atípico porque é o único do Brasil, mas paciência. Já passou e vamos pensar no próximo jogo.
Outros trechos da entrevista
Volume de jogo
Série A é assim, não adianta a gente ficar lamentando, todos os jogos vão ser pegados, o Botafogo vai sempre jogar assim, no seu limite. Eu exijo bastante, cobro bastante isso dos meus atletas durante a semana, a gente treina em alta intensidade, pessoal que acompanha aí está vendo o nosso treinos, então isso não é desculpa. A intensidade vai ser assim em todas as partidas.

Seria exagero dizer que em outro gramado teria ao menos empatado?
Eu nunca vou chegar aqui e botar uma derrota por causa de uma única situação, é uma série de situações. O Atlético-PR tem o mérito deles, fizeram o gol, mas que o jogo é diferente, como falei, é diferente. Não sei se a bola iria entrar. De repente tem jogo que você joga prorrogação e tudo sendo superior, massacra, tem maior volume, e a bola não entra. Não vejo como fator determinante, não.

Acha que o gramado atrapalhou o Sassá?
Foram duas chances claras do Sassá que a gente acabou não conseguindo. Mas é assim, artilheiro um dia a bola entra, no outro dia não entra. Vamos desfocar da situação do gramado e dar o mérito também. Não gosto de fugir da responsabilidade, não. A equipe do Atlético-PR foi eficiente, a gente também já ganhou jogos tendo o menor número de ações, de finalizações. Paciência.

O que tira de lição? 
Não é questão de gostar, a gente sempre vai buscar uma evolução. Tira de lição de que a gente trabalha mas não consegue determinar sempre todas as coisas que acontecem dentro da partida. A equipe do Atlético-PR fez um gol de bola parada, enfim... Nós fomos superiores na partida, em posse de bola, em número de finalizações, agora é traduzir isso. Tenho certeza de que na próxima partida vamos ter uma sorte melhor.

Airton

O Airton tomou uma pancada, estava com um pouco de incômodo ali. O Airton paga um preço por um ano que ele ficou parado, então ele tem um pouco de dificuldade ainda de terminar o jogo, fazer os 90 minutos. Se pegar aí, acho que o último jogo que ele fez (inteiro) foi contra o São Paulo. Foi por conta da pancada sim, mas também estratégia. A gente terminou o jogo jogando fora com um volante. A equipe está de parabéns pela entrega, pela garra, lutamos até o último minuto. Tivemos uma cabeçada idêntica que o Luis Ricardo fez com o gol do Hernani, mas a bola não entrou, paciência. Triste com a derrota, mas vamos lá, a performance não foi ruim, não.

Airton preocupa?
Ainda não conversei, não sei da real situação do jogador, não.

E o Neilton?
Neilton sofreu uma entorse no tornozelo, mas é muito cedo para falar a gravidade da lesão. Vamos esperar com calma.

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