São Paulo perde para o Juventude, sai vaiado e se complica na Copa do Brasil 2016

Roberson celebra o primeiro de seus dois gols na vitória sobre oSão Paulo (Foto: Djalma Vassao/Gazeta Press)
O técnico Ricardo Gomes mexeu na escalação para a estreia do São Paulo na Copa do Brasil, mas a equipe não correspondeu dentro de campo e perdeu para o Juventude, por 2 a 1, em pleno Morumbi, na fria noite desta quarta-feira, pelo jogo de ida das oitavas de final. A derrota para o time da terceira divisão do futebol nacional irritou a torcida tricolor que compareceu em pequeno número no estádio e os jogadores deixaram o gramado sob vaias e protestos.
Buscando armar um São Paulo mais agressivo diante do time gaúcho, Gomes começou com Carlinhos e Bruno nas laterais esquerda e direita, já que ambos são considerados mais ofensivos que seus respectivos titulares. Michel Bastos iniciou o confronto no banco de reservas, entrou durante o segundo tempo e pouco pôde fazer para ajudar a equipe da casa.
Com um 4-1-4-1 ainda desorganizado, o Tricolor viu o atacante Roberson aproveitar bobeada de Bruno e Maicon para abrir o placar logo aos oito minutos do primeiro tempo. Após tanto insistir nas bolas aéreas, o argentino Andres Chavez deixou tudo igual antes do intervalo. O São Paulo voltou melhor para a segunda etapa, mas quando tinha o maior domínio da partida viu Thiago Mendes cometer pênalti desnecessário, convertido por Roberson, o algoz tricolor da noite.
Agora, o São Paulo precisa vencer o Juventude por dois gols de diferença na partida de volta, marcada para o dia 21 de setembro, em Caxias do Sul, no estádio Alfredo Jaconi. Caso devolva o placar sofrido em casa, o Tricolor definirá a vaga às quartas de final na disputa por pênaltis.
Este foi o quarto jogo consecutivo em que o São Paulo não venceu no Morumbi, já que empatara com a Chapecoense (2 a 2), e perdera para Atlético-MG (2 a 1) e Botafogo (1 a 0), todos resultados pelo Campeonato Brasileiro, pelo qual voltará a jogar neste domingo, às 16 horas (de Brasília), contra o Coritiba, pela 22ª rodada, novamente em casa.
Como mandava o roteiro da partida, o São Paulo começou tomando a iniciativa e empurrou o Juventude para o campo de defesa. Hudson e Thiago Mendes apareceram bem abertos, auxiliando Kelvin e Cueva, que procuravam fazer as jogadas pelas pontas. Em uma delas, aos oito minutos, o peruano cruzou rasteiro, a bola atravessou toda a área e, por pouco, Kelvin não alcançou de carrinho para abrir o placar no Morumbi.
No minuto seguinte, o time gaúcho saiu para o jogo pela primeira vez. E não perdoou a falha defensiva do Tricolor. Em um rápido contra-ataque, o lateral direito Bruno não acompanhou e viu Roberson receber livre na esquerda. O atacante invadiu a área sem a resistência do zagueiro Maicon e bateu rasteiro no canto direito de Denis. O goleiro não conseguiu espalmar a bola, que morreu no fundo do gol.
A derrota parcial fez com que parte da pequena torcida tricolor presente no gelado estádio perdesse a paciência, insinuando algumas vaias a cada erro de passe dos anfitriões. Paralelamente, parecia ocorrer o mesmo com o time dentro de campo, atacando de maneira desordenada e apelando para as bolas aéreas, afastadas pela alta zaga gaúcha. A equipe da casa só foi assustar mesmo aos 22, quando Cueva cobrou falta sofrida por ele mesmo, passando rente à trave direita do goleiro Elias.
Mas de tanto insistir nas jogadas aéreas, o São Paulo conseguiu o empate, evitando a provável chuva de vaias no caminho aos vestiários durante o intervalo. Aos 39 minutos, Carlinhos cruzou, Chavez se antecipou à zaga e testou firme no canto esquerdo do goleiro Elias. Na comemoração, o lateral esquerdo cobrou aplausos da torcida são-paulina, que acabara de vaiá-lo por um cruzamento errado no lance anterior ao gol. Certo é que por pouco o atacante argentino não marcou o da virada, aos 44, em forte chute de cobrança de falta.
Decepção
O São Paulo começou a segunda etapa como terminou a primeira: pressionando. Em menos de dez minutos, Kelvin e Michel Bastos, que entrara no lugar de João Schmidt, perderam boas chances de gol. O segundo, principalmente, após receber bom lançamento do primeiro e, da pequena área, chutar forte pelo lado de fora da rede.
Os mandantes continuaram ocupando o campo de defesa do Juventude, mas abusando da troca de passes e sem criar grandes oportunidades de gol. O que irritou boa parte da torcida, que protestou solicitando “raça” aos comandados de Ricardo Gomes. No entanto, quem chegou perto do desempate foi o time visitante, através de cobrança de falta do lateral Pará.
Pouco depois, a irritação dos poucos torcedores aumentaria ainda mais. Isso porque o volante Thiago Mendes calçou Lucas, que acabara de entrar no lugar de Felipe, dentro da área. Aos 28 minutos, Roberson cobrou o pênalti no meio do gol, deslocou Denis, que pulou para a direita, e anotou seu segundo gol na partida. O Juventude retomara a liderança no placar do Morumbi.
Ricardo Gomes, então, promoveu as entradas de Gilberto e Luiz Araújo nos lugares de Kelvin e Hudson, respectivamente, na tentativa de conseguir ao menos o empate. A retranca gaúcha, porém, continuou firme mesmo após a expulsão do zagueiro Ruan, e os jogadores do São Paulo deixaram o gramado do Morumbi sob uma chuva de vaias.

FICHA TÉCNICASÃO PAULO 1 X 2 JUVENTUDE
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 24 de agosto de 2016, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO-Fifa)
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (GO-Fifa) e Fabiano da Silva Ramires (ES)
Público: 6.643
Renda:
 R$ 145.406,00
Cartão Amarelo: 
Ruan e Bruninho (Juventude); Lyanco e Lugano (São Paulo)
Cartão Vermelho: 
Ruan (Juventude)
GOLS:
SÃO PAULO: Andres Chavez, aos 39 minutos do primeiro tempo
JUVENTUDE: Roberson, aos nove minutos do primeiro tempo, e aos 28 minutos do segundo tempo
SÃO PAULO: Denis; Bruno, Maicon, Lyanco e Carlinhos; João Schmidt (Michel Bastos); Hudson (Luiz Araújo), Thiago Mendes, Kelvin (Gilberto) e Christian Cueva; Andres Chavez.
Técnico: Ricardo Gomes
JUVENTUDE: Elias; Neguete, Klaus, Ruan e Pará; Vacaria (Wanderson), Felipe (Lucas), Bruninho e Hugo (Cajon); Roberson e Wallacer.
Técnico: Antônio Carlos Zago

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