Técnico do Nacional-URU tira o chapéu para o Botafogo: "Coletivo muito forte"

Lasarte vê uruguaios vítimas da blitz alvinegra e reconhece superioridade do time "estrangeiro" de Jair Ventura: "Não é aquele futebol típico brasileiro, que tem um Zico, um Robinho..."


Enquanto a torcida do Nacional-URU não se conformou com a eliminação da Libertadores e depredou o Setor Sul do Nilton Santos, o técnico da equipe reagiu diferente. Em entrevista após a derrota por 2 a 0 para o Botafogo, na noite da última quinta-feira (veja os lances no vídeo acima), Martín Lasarte reconheceu a superioridade rival, viu os uruguaios vítimas da blitz alvinegra empurrada pelas arquibancadas e tirou o chapéu para o time "estrangeiro" de Jair Ventura.
– Sinto que jogamos contra um time que faz muito bem determinadas coisas. Não é aquele futebol típico brasileiro, que tem um Zico, um Robinho, esses jogadores que desequilibram. Eles têm bons jogadores, mas creio que têm um coletivo muito bom, muito forte. E que ficaram cômodos logo no início da partida – analisou o treinador, que atribuiu os gols sofridos no início à armadilha rival.
– Sinto que foram situações que tiveram a ver com a blitz rival, que fez muito bem com sua torcida. Como fazemos todos, habitualmente. Esse energia empurrou eles, e nós tivemos dificuldades nesse impulso inicial. Um gol de escanteio e o outro em um erro nosso nos deixaram em situação difícil.

Martín Lasarte elogiou o Botafogo e criticou descontrole de seus jogadores no fim (Foto: Thiago Lima)

Confira outros trechos da entrevista:

O JOGO
Já tínhamos perdido a primeira, e levar 2 a 0 na volta com cinco minutos... O desafio ficou muito difícil. Bom, o time tentou, trabalhou, mas não conseguimos. Creio que tivemos uma chance ou duas, nada mais. Nosso rival foi melhor e se encontrou favorável. É uma equipe que maneja bem a vantagem, controla as linhas. Eu vim com muita esperança e saio triste por não ter conseguido.
GOL DE ESCANTEIO
Para mim é muito difícil falar de um time uruguaio sofrer gol de escanteio. Joguei em uma equipe que ganhou a Libertadores fazendo praticamente todo jogo gols de cabeça. Na Libertadores tem outros ingredientes, tem que jogar de outras maneiras.
EXCESSO DE CONFIANÇA?
Em todo caso eu sou responsável porque estava otimista. Se me querem culpar por isso.. Acontece que é futebol, não matemática, não é física.
HIATO DE JOGOS ATRAPALHOU?
Não senti isso. Não foi uma partida onde o ritmo do rival se superou.
Jogadores se desentenderam no fim, e três acabaram expulsos (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)
RECUPERAÇÃO PSICOLÓGICA
No vestiário naturalmente ficou muito silêncio, cabeça baixa, alguns comentários... Cada um analisando na sua própria cabeça as situações.
DESCONTROLE DO TIME NO FIM
Não falei com os jogadores ainda. Vamos conversar seguramente no hotel. Um desentendimento entre dois jogadores, que não pude entender... Mas não tem nada a ver. Terminou, perdeu e ponto. Se ganha sai feliz, se perde sai triste e se prepara para próxima. Isso é o esporte. Esses aspecto que temos que aprender a controlar. Estou totalmente distante desta situação. De onde eu estava, do que pude ver, não tenho nada para dizer nem para defender e nem para agregar à situação.
CONFUSÃO NA TORCIDA
COm os torcedores do Nacional? Não vi que tinha briga nem nada.

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