"Goleiro de time grande". Elogiado por ex-treinador, Gatito tem chance da vida

Contratado pelo Botafogo, jogador chega com a responsabilidade de assumir o posto em um ano em que o clube volta para a Libertadores e fica meses sem Jefferson

Com a saída de Sidão para o São Paulo e a nova cirurgia no cotovelo de Jefferson, o Botafogo teve que correr no mercado atrás de um novo goleiro para a temporada 2017. E não demorou para encontrar. Gatito Fernández, 28 anos, aceitou a proposta alvinegra por dois anos de contrato e chega com muita expectativa e responsabilidade, principalmente após as boas atuações no Figueirense, que o fizeram ser convocado pela primeira vez para defender a seleção paraguaia, que disputa as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. 




Roberto Júnior Fernández Torres é pouco conhecido da torcida do Botafogo. Nascido no Paraguai, é filho do ex-goleiro Roberto Fernández, que foi jogador de Antônio Lopes, atual gerente de futebol do Botafogo, o que facilitou muito a negociação. 
Começou a carreira profissional no Cerro Porteño, clube no qual ficou nas temporadas 2007 a 2009. Depois passou dois anos no futebol argentino, ao defender Estudiantes e Racing Club. Chegou a jogar uma temporada no FC Utrecht, do futebol holandês, antes de voltar para o Cerro em 2014. No mesmo ano, recebeu uma proposta do Vitória e chegou ao Brasil. Mas foi no Figueirense que ganhou destaque.
Gatito Fernandez Figueirense (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC)Gatito Fernandez com a camisa do Figueirense (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC)
Ao perder Alex Muralha para o Flamengo no início de 2016, o clube catarinense foi ao mercado e resolveu apostar no paraguaio, que chegou com falta de ritmo, mas aos poucos foi se encontrando e não perdeu mais o posto. Apesar de o Figueirense ter sido rebaixado, ele foi um dos destaques. Fez grandes defesas e salvou o time em muitas oportunidades (confira os lances acima).
 Nos momentos da dificuldade do time, ele vai responder. Além disso, está muito feliz com a oportunidade
Peçanha, preparador de goleiros do Figueirense
- Gatito é um excelente profissional. É um cara muito tranquilo. Solteiro, mas tem uma vida bem tranquila fora de campo. Sempre atendeu nossas expectativas. Quando trouxemos para o Figueirense, recebemos ótimas referências e acabou correspondendo.  É goleiro de time de grande e vai preencher bem essa "sombra" do Jefferson. Tem um ótimo posicionamento. A velocidade de reação nas bolas de média e longa distância é muito boa. Nos momentos da dificuldade do time, ele vai responder. Além disso, está muito feliz com a oportunidade - disse Peçanha, preparador de goleiros do Figueirense.
Nessa temporada, Gatito atuou em 28 jogos pelo clube catarinense no Campeonato Brasileiro. O goleiro pegou dois pênaltis e fez 42 defesas consideradas difíceis. Ou seja, uma média de 1,5 por jogo. Com a lesão de Jefferson, que deve ficar mais alguns meses se recuperando, o paraguaio chega com a responsabilidade de assumir o posto no Botafogo no ano em que o clube volta a disputar a Libertadores. A tarefa é difícil, mas ele chega respaldado e com a confiança da diretoria alvinegra.

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