Pachuca ou Wydad? Confira a análise dos times no caminho do Grêmio no Mundial

Clubes mexicano e marroquino se enfrentam neste sábado para definir quem será o adversário brasileiro nas semifinais do Mundial de Clubes


Enquanto ainda busca se adaptar em solo árabe e intensificar os treinamentos, o Grêmio já tem um primeiro compromisso "oficial" neste sábado no Mundial de Clubes: observar o futuro rival na semifinal. A partir das 11h (de Brasília), comissão técnica e jogadores poderão acompanhar o duelo entre Pachuca (México) e Wydad Casablanca (Marrocos), em Abu Dhabi, que vai definir quem enfrentará os gaúchos na próxima terça-feira.
Para o confronto, mexicanos e marroquinos chegam com pretensões semelhantes: querem vencer para ter a chance de surpreender o mundo contra os brasileiros e garantir uma lugar na decisão, possivelmente contra o poderoso Real Madrid. Abaixo, o GloboEsporte.com apresenta os clubes, os pontos fortes e fracos e uma análise de especialistas sobre cada um.

Pachuca: estrela japonesa

Primeiro clube a garantir um lugar no Mundial da Fifa, o Pachuca chega a competição como o campeão da Liga dos Campeões da Concacaf. Superou o rival Tigres, o adversário que venceu o Inter na Libertadores de 2015, e vai para a quarta disputa (2007, 2008, 2010 e 2017). A melhor campanha da equipe foi em 2008, quando superou o Al Ahly (Egito), mas caiu para a LDU nas semifinais e perdeu a disputa do terceiro lugar para o Gamba Osaka.
  • Treinador
O elenco é comandado pelo uruguaio Diego Alonso, de 42 anos. Ex-atacante, foi um dos destaques do Valencia na campanha do vice na Liga dos Campeões em 2001, quando a equipe caiu justamente para o Real Madrid. Está no comando do Pachuca desde 2015. No ano seguinte, conquistaria a Concacaf, além do Clausura do Campeonato Mexicano.
  • Craque
Honda é o principal jogador do Pachuca  (Foto: Pachuca / DVG)
A grande estrela do elenco é japonesa: o meia Keisuke Honda, ex-Milan. Aos 31 anos, se tornou a referência ofensiva do time. É quem puxa os contra-golpes do time comandado por Alonso.
O centroavante argentino Franco Jara, de 29 anos, é o goleador da equipe e um dos atletas mais regulares. No meio-campo, Jorge Hernandez é o volante que faz o “trabalho sujo”. Primeiro jogador de marcação, é quem mais rouba bolas no time, assim como quem mais utiliza a força física. No banco, o meia da seleção Érick Gutiérrez, de 22 anos, deve ingressar no decorrer da partida.
  • Ponto fraco
A principal fragilidade do time é o veterano goleiro Óscar Pérez Rojas, de 44 anos, que defendeu o México em duas Copas do Mundo (2006 e 2010). O arqueiro tem apenas 1m72 de altura e faz parte da tradição dos goleiros baixinhos mexicanos à la Jorge Campos.
  • Time base
Time base do Pachuca  (Foto: Arte / GloboEsporte.com )
Diego Alonso costuma jogar no sistema tático 4-3-3, mas sem ofensividade. A linha de defesa pouco apoia e o time costuma apostar em contra-ataques para Honda.
O que diz a imprensa local?
"Pachuca tem muita chance de vencer o Wydad. Tem em Honda a principal arma para atacar com velocidade e apostar em finalizações de cabeça. Diante do Grêmio, é pouco provável que vença. O futebol brasileiro sempre costuma complicar contra o mexicano", diz Eduardo González, jornalista do Grupo Milenio.

Wydad: aposta no conjunto

Representante da África após vencer a Champions do continente em decisão contra o Al Ahly, o Wydad Casablanca chega motivado por um feito do principal rival. Em 2013, o Raja passou pelo Monterrey, do México, nas quartas de final e surpreendeu o mundo ao derrotar o Atlético-MG, na semi. Caiu na final diante do Bayern de Munique.
Com elenco formado inteiramente por jogadores do continente africano e uma torcida apaixonada, o Wydad conta com 20 atletas do Marrocos, além de dois da Costa do Marfim e um de Burkina Faso – todos sob o comando do também marroquino Hussein Amotta.
Wydad Casablanca foi campeão da Liga dos Campeões da África (Foto: FADEL SENNA / AFP)
  • Treinador
Ex-jogador, Hussein Amotta, de 48 anos, comanda o Wydad desde este ano. O treinador aposta no sistema tático 4-3-3, mas com variação para o 4-4-2, em duas linhas, e que não costuma se arriscar muito. A preferência é por se lançar em contra-golpes. Como principal força, o Wydad tem o sistema defensivo – costuma sofrer poucos gols.
  • Craque
Camisa 9, Achraf Bencharki é o artilheiro do time – fez cinco gols na Liga dos Campeões da África. Com 23 anos e 1m79 de altura, tem boa movimentação e presença de área. Neste ano, foi indicado como um dos melhores jogadores da África. Pensador do time, o meia Walid El Karti é outro com destaque. É ele quem cadencia e distribui o jogo.
  • Time base
Time-base do Wydad Casablanca (Foto: Arte / GloboEsporte.com )
  • Ponto fraco
Segundo o jornalista Omar Kabbadj, o ponto fraco do time é a falta de atitude inicial nos jogos. O Wydad costuma demorar para sentir e entrar na partida. Os defensores Noussir e Hachimi costumam cometer falhas de marcação. Ou seja, o time apresenta fraqueza nas laterais.
  • O que diz a imprensa local?
"O Wydad tem sido impressionante nos últimos dois anos, com um grande trabalho de equipe. Hussein Ammouta mostra capacidade em adaptar o time perante aos adversários e costuma montar o time equilibrado. Eles são perigosos em contra-ataques, e apostam na qualidade individual de jogadores como Bencharki, Ounnajem e Walid El Karti", relata Omar Kabbadj, jornalista do Telquel Arabi.
Torcida do Wydad após conquista da vaga para o Mundial  (Foto: Jalal Morchidi/Anadolu Agency/Getty Images)

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