Everton estreia apagado e São Paulo arranca empate sonolento do Ceará

Não são poucos os exemplos no futebol de empates por 0 a 0 que geram emoção no campo, tensão nas arquibancadas e acabam por fazer o nome dos goleiros. Ceará e São Paulo poderiam pelo menos ter se esforçado para isso, mas, não foi o que aconteceu na tarde desse domingo, na Arena Castelão. Tricolor e Vozão proporcionaram um chato empate sem gols pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, que também marcou uma estreia pouco empolgante de Everton, contratado junto ao Flamengo por cerca de R$ 16 milhões, pelo lado tricolor.
A igualdade ao menos leva o São Paulo a quatro pontos e à quinta colocação na tabela de classificação. Para o Ceará o resultado é mais frustrante, não só pelo fato de ter atuado como mandante, mas porque mantém a equipe sem vitórias na competição. Com um único ponto, os cearenses ficam na 16ª colocação, a primeira acima da zona de rebaixamento.
Até a bola começar a rolar, ficou a expectativa sobre qual seria a postura do São Paulo em campo. Diego Aguirre optou por trocar quatro peças em relação ao empate com o Atlético-PR, que culminou com a eliminação tricolor na Copa do Brasil. Jucilei, Régis, Valdívia e Nenê deram lugar a Hudson, Edimar, Everton e Cueva.
Mesmo como visitante diante de um bom público na casa do Vozão, os paulistas começaram melhor, dominando as ações, apesar da falta de efetividade. A linha de três zagueiros de Aguirre só era vista quando o time detinha a posse de bola. Na hora de se defender, o time prontamente se posicionava com quatro atrás e apenas Tréllez na referência.
Percebendo a ineficiência do São Paulo, os mandantes deixaram de apenas especular para, enfim, mostrarem ousadia. A jogada principal se dava pela ponta esquerda de ataque, o que gerou muitos problemas para Cueva, que tinha de dar suporte a Militão por ali.
Percebendo a dificuldade de seu camisa 10 e como o São Paulo, em sei, piorou, Aguirre corrigiu. O uruguaio centralizou o peruano e trouxe Tréllez para a beirada. Apesar da melhora evidente, não deu tempo de grande coisa. Na única chance real que construiu, justamente depois de bela assistência de Cueva, Everton finalizou para boa defesa de Éverson.
Para a etapa final, o São Paulo voltou diferente. Apagados, Tréllez e Liziero deram lugar a Nenê e Régis. Na prática, as substituições surtiram pouco efeito. Mais para frente Everton também precisou sair por causa de um incômodo na perda esquerda e Valdívia recebeu oportunidade.
O jogo ficou franco, com as duas equipes se contra-atacando em sequência, mas cometendo erros semelhantes em suas escolhas. Dessa forma, os erros de passes minaram as expectativas de gol de lado a lado.
Os minutos finais foram marcados por muita imprevisibilidade. Nenê e Felipe Azevedo até exigiram boas defesas de Éverson e Sidão, mas, apesar da sensação de que um capricho em uma tomada de decisão poderia dar a vitória tanto a São Paulo quanto a Ceará, os jogadores não colaboraram como poderiam e a partida teve mesmo um melancólico empate sem gols.
O Tricolor agora volta a campo no próximo domingo, quando atuará de novo como visitante, contra o Fluminense, às 16 horas, no Maracanã. No mesmo dia e horário o Vozão recebe o Flamengo, mais uma vez no Castelão.
FICHA TÉCNICA
CEARÁ 0 X 0 SÃO PAULO
Local: Arena Castelão, em Fortaleza (CE)
Data: 22 de abril de 2018, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Paulo Roberto Alves Júnior (PR)
Assistentes: Rafael Trombeta e Luciano Roggenbaum (ambos do PR)
Cartões amarelos: Luiz Otávio (Ceará) Edimar, Petros (SPFC)
Renda: R$ 743.600,00
Público: 29.186 pagantes / 30.186 total
CEARÁ: Éverson; Tiago Alves, Valdo e Luiz Otávio; Arnaldo (Naldo), Rafael Carioca, Juninho, Pio e Wescley (Roberto); Felipe Azevedo; Arthur (Elton)
Técnico: Marcelo Chamusca
SÃO PAULO: Sidão; Éder Militão, Arboleda, Rodrigo Caio; Cueva, Petros, Hudson, Liziero (Régis) e Edimar; Everton (Valdívia) e Tréllez (Nenê)
Técnico: Diego Aguirre

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