Mufarrej lança sua chapa no Botafogo e decreta: "Já passou tempo da invenção"
Com presença em peso da diretoria, atual vice-presidente geral oficializa candidatura em evento com ataque à oposição: "Retorno deles significa o pior para o Botafogo", avisa CEP
A chapa de Nelson Mufarrej está oficialmente lançada. Atual vice-presidente geral do Botafogo, o candidato promoveu um evento na noite desta quinta-feira, em General Severiano, para divulgar a candidatura da situação, que terá Carlos Eduardo Pereira como vice. A dupla vai enfrentar a concorrência do empresário Marcelo Guimarães e do advogado Mauro Sodré, da oposição, na eleição do dia 25 de novembro, que decidirá o presidente no triênio 2018-2020.
– O jogo nosso é bem claro ao dizer: um novo olhar, os mesmos princípios. Essa inversão minha com o Carlos Eduardo demonstra uma credibilidade que tivemos nesses três anos, mostrando a toda torcida botafoguense o que nós pretendemos fazer e o que desejamos e vamos realizar. O Botafogo precisa dessa continuidade, não podemos inventar mais. Já passou o tempo da invenção – decretou Mufarrej.
O evento, realizado no salão nobre da sede, foi marcado por um clima de arquibancada, com o hino do clube no sistema de som e o tradicional cântico "Não Se Compara" na garganta dos convidados. E também por ataques à oposição, a começar por um telão onde mostrava a diferença do clube da gestão passada, de Mauricio Assumpção, para a atual por meio de notícias da imprensa.
– O retorno deles significa o pior para o Botafogo. Por isso nem se dizem oposição, mas uma chapa alternativa, uma coisa indefinida. (...) Isso é o grande alerta dessa eleição. Eles estão trabalhando e querem voltar, mas nós temos que estar unidos para dar sequência a esse trabalho – disse CEP.
O pleito será em um sábado, e a votação vai das 9h às 21h para os sócios-proprietários, em General Severiano. Apesar da reforma do Estatuto, os sócios-torcedores só poderão ter direito a voto na eleição de 2021, pois haverá um tempo de carência de três anos pagando as mensalidades em dia. O clube pretende ainda lançar um plano específico para quem quiser ter direito a voto.
Confira outros trechos dos pronunciamentos:
Nelson Mufarrej
PROPOSTA
Depois desse sucesso todo, temos que dar continuidade. Conte comigo. Em time que se ganha não se mexe, isso aprendi desde pequenininho. Eu gosto de desafios. Temos que dar continuidade, senão o Botafogo não vai conseguir sobreviver. Estamos com problemas fora do Ato Trabalhista, da parte cível... Vai ser um trabalho muito grande.
Depois desse sucesso todo, temos que dar continuidade. Conte comigo. Em time que se ganha não se mexe, isso aprendi desde pequenininho. Eu gosto de desafios. Temos que dar continuidade, senão o Botafogo não vai conseguir sobreviver. Estamos com problemas fora do Ato Trabalhista, da parte cível... Vai ser um trabalho muito grande.
INVERSÃO COM CEPTenham certeza que essa dobradinha, essa inversão aumenta mais a nossa credibilidade. Vamos construir e vamos melhorar o Botafogo. Queria agradecer o Carlos Eduardo pelo trabalho que ele sempre se dedicou ao Botafogo. Não vou deixar ele descansar.
REFORÇOS
Ainda não, vamos aguardar o final do campeonato, onde vamos poder ter uma dimensão maior e o que o treinador deseja ter. Sabemos que da base vão subir alguns jogadores. A base está sendo bem preparada, a integração com os profissionais com o CT vai ser muito bom. O ano de 2018 vai ser muito difícil, mas sou muito otimista de que vamos superá-lo. Talvez algumas contratações vão existir, mas sem ainda determinar se vai ser o Messi, ou o Neymar (risos).
Ainda não, vamos aguardar o final do campeonato, onde vamos poder ter uma dimensão maior e o que o treinador deseja ter. Sabemos que da base vão subir alguns jogadores. A base está sendo bem preparada, a integração com os profissionais com o CT vai ser muito bom. O ano de 2018 vai ser muito difícil, mas sou muito otimista de que vamos superá-lo. Talvez algumas contratações vão existir, mas sem ainda determinar se vai ser o Messi, ou o Neymar (risos).
LIBERTADORES
Nós vamos voltar, se Deus quiser. Nós queremos é não ter a Pré-Libertadores, queremos é ficar no G-4. Se puder o G-3, ou o G-2 e até o G-1. Tenho certeza de que com essa equipe de garra, de sangue, de raça que nós temos, liderados pelo Jair Ventura, vamos conseguir. O Jair disse esses dias: "Nós gostamos de participar". E nós da diretoria também gostamos muito.
Nós vamos voltar, se Deus quiser. Nós queremos é não ter a Pré-Libertadores, queremos é ficar no G-4. Se puder o G-3, ou o G-2 e até o G-1. Tenho certeza de que com essa equipe de garra, de sangue, de raça que nós temos, liderados pelo Jair Ventura, vamos conseguir. O Jair disse esses dias: "Nós gostamos de participar". E nós da diretoria também gostamos muito.
Carlos Eduardo Pereira
OPOSIÇÃOEsses opositores que desdenham das nossas conquistas, ignoram e omitem que foram participantes da gestão tenebrosa que colocou o Botafogo em uma situação única na sua história. Participaram dos conselhos e trabalharam no clube. Muitos sequer fizeram uma única declaração, protesto ou observação quando aqueles números absurdos e fantasiosos foram apresentados aqui apesar dos nossos esforços. Isso é o grande alerta dessa eleição. Eles estão trabalhando e querem voltar, mas nós temos que estar unidos para dar sequência a esse trabalho.
PROFISSIONALISMO
Hoje temos oposição que bate no clichê do profissionalismo. Não consigo entender, os cargos abaixo dos vice-presidentes são remunerados. Quantos mais profissionais seriam contratados? Talvez seja resquício de cargos que existiram na gestão anterior. Retorno deles significa o pior para o Botafogo. Por isso nem se dizem oposição, mas uma chapa alternativa. Uma coisa indefinida.
Hoje temos oposição que bate no clichê do profissionalismo. Não consigo entender, os cargos abaixo dos vice-presidentes são remunerados. Quantos mais profissionais seriam contratados? Talvez seja resquício de cargos que existiram na gestão anterior. Retorno deles significa o pior para o Botafogo. Por isso nem se dizem oposição, mas uma chapa alternativa. Uma coisa indefinida.
GESTÃOTem quase três anos que me confiaram o comando do clube. Aceitei naquele momento com uma grande condição: que nós nos mantivéssemos unidos ao longo desse percurso. E a gente sabia que o percurso era muito difícil. Era longo e cheio de obstáculos. Mas nós conseguimos. Estamos chegando ao final desses três anos praticamente como começamos. Apenas duas pessoas nos deixaram e assim mesmo por vontade própria. O grupo foi forte, coeso, unido e estamos caminhando para continuarmos unidos por mais três anos.
LIBERTADORESNos colocamos entre as oito melhores equipes da América do Sul. No início do ano eram 47 equipes no torneio. O Grêmio, para ganhar suas duas Libertadores, disputou 17 dessas séries. Temos que nos acostumarmos a disputar.
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