A última Copa do Brasil "pobre": em 2018, campeão levará R$ 50 milhões

De acordo com Rodrigo Capelo, da revista "Época", a competição vai ter um salto nas premiações após a CBF assinar novo contrato de transmissão


A última Copa do Brasil
Cruzeiro e Flamengo se enfrentam nesta quarta-feira, pelo título da Copa do Brasil. Além do troféu e da vaga na fase de grupos da próxima Libertadores, o campeão ainda vai embolsar R$ 6 milhões em premiação (contra R$ 2 milhões para o vice-campeão), como explica o colunista Rodrigo Capelo, da revista "Época". No entanto, o jornalista também explica que, a partir de 2018, a competição dará um salto gigantesco nas premiações. Com um novo contrato de transmissão, a Copa do Brasil vai arrecadar mais e, assim, o campeão receberá um valor 733% maior.
- O campeão, quem ganhar a partida vai levar R$ 6 milhões. O vice vai levar R$ 2 milhões. O que está em jogo, em premiação de Copa do Brasil, são R$ 4 milhões. No ano que vem, isso vai aumentar muito. A Copa do Brasil tem um novo contrato de televisão, passou a arrecadar mais dinheiro e também vai premiar mais os clubes. Em 2018, a diferença entre primeiro e segundo vai ser de R$ 50 milhões para R$ 20 milhões, portanto R$ 30 milhões de diferença. Essa é a última Copa do Brasil "pobre" que nós estamos fazendo. A partir do ano que vem, passar a ser uma competição com premiação de gala - explica Rodrigo Capelo, em participação no "Redação SporTV".
Além dos prêmios de R$ 50 milhões para o campeão e de R$ 20 milhões para o vice, os semifinalistas levarão R$ 8 milhões. Quem chegar às quartas ficará com R$ 4 milhões. Assim, de acordo com a CBF, se o campeão disputar toda a competição, desde a primeira fase, vai receber R$ 68,7 milhões apenas em prêmios.
Copa do Brasil terá premiação recorde em 2018, com R$ 50 milhões para o ganhador (Foto: André Durão)
Para Rodrigo Capelo, com esses valores, a Copa do Brasil deixa de ser uma competição de "segundo escalão". O colunista afirma que, há alguns anos, a CBF já vem investindo na reformulação do torneio.
- É justamente por causa de um novo contrato de televisão que a CBF assinou para a Copa do Brasil. Com esse contrato de televisão, entra mais dinheiro no caixa, e a CBF decidiu valorizar a Copa do Brasil. É uma decisão interessante. A Copa do Brasil, até alguns poucos anos atrás, era uma competição desvalorizada, de segundo escalão. Mas, desde que ela passou a ser disputada no ano inteiro, com os times que também jogam a Libertadores, agora com uma premiação muito melhor. A CBF tem apostado muito alto na Copa do Brasil.
Rodrigo Capelo reconhece que, com a premiação da Copa do Brasil pode tirar a atenção dos clubes no Campeonato Brasileiro. No entanto, lembra que um possível rebaixamento também seria um desastre para as finanças dos clubes.
- Pode acontecer. Na hora de fazer as contas, os clubes vão perceber que a Copa do Brasil tem uma importância. Até então, era só a classificação para a Liberadores. Agora tem também um caminhão de dinheiro. Mas acho que devalorizar o Campeonato Brasileiro é algo que não deveria acontecer. É a principal competição nacional, acontece o ano inteiro, é muito importante para o planejamento. O clube não pode largar o Campeonato Braisleiro, correr risco de um rebaixamento e no ano seguinte jogar a Série B. Isso, inclusive, seria terrível para as finanças do clube. Acho difícil que desvalorize o Campeonato Brasileiro, mas acho legal a valorização da Copa do Brasil.
SporTV mostra a final da Copa do Brasil, entre Cruzeiro e Flamengo, a partir das 21h45 (de Brasília), ao vivo, direto do Mineirão. O pré-jogo começa às 19h. Milton Leite narra a decisão, que terá os comentários de Maurício Noriega e Muricy Ramalho.

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