Oitavo goleiro do Brasil a encarar Messi, Weverton minimiza: "Não é um bicho"

Escalado por Tite para o clássico mesmo sendo o menos badalado dos três goleiros da Seleção, Weverton tenta manter retrospecto favorável contra o craque, que só venceu duas vezes


O retrospecto de Lionel Messi contra o Brasil é dos piores. Em oito jogos, venceu apenas dois, fez quatro gols – três numa só partida – e perdeu até pênalti. Nesta sexta-feira, no amistoso clássico entre as duas maiores potências sul-americanas, o craque argentino terá o oitavo goleiro brasileiro diferente pela frente. A partida terá início às 7h05 da manhã (horário de Brasília), no Melbourne Cricket Ground, na Austrália, e o GloboEsporte.com vai acompanhar em Tempo Real.
Weverton é o menos badalado dos convocados por Tite para a posição. Seu grande trunfo é o ouro olímpico, histórico e no qual ele foi decisivo ao defender o último pênalti da Alemanha, mas muito mais valorizado no Brasil do que mundo afora. Será ele o responsável por manter a vantagem da Seleção no duelo particular com o gênio.
Weverton terá missão de ajudar a manter bom retrospecto do Brasil contra Messi (Foto: Pedro Martins/MoWa Press)Weverton terá missão de ajudar a manter bom retrospecto do Brasil contra Messi (Foto: Pedro Martins/MoWa Press)
Weverton terá missão de ajudar a manter bom retrospecto do Brasil contra Messi (Foto: Pedro Martins/MoWa Press)
Gênio? O goleiro evitou elogiar Messi. Nem citou seu nome ao responder duas perguntas sobre o adversário. E disse até que não se trata de nenhum "bicho".
– Não vamos negar a qualidade da equipe adversária, estamos nos preparando da melhor forma possível. Estou muito confiante no meu trabalho, espero estar num dia bom e fazer uma grande partida. Sabemos a qualidade dele (Messi), mas não pode ser uma preocupação. Eles têm que se preocupar com os grandes jogadores que temos. Não adianta achar que é um bicho – afirmou.
No banco de reservas estarão Diego Alves, recordista em pênaltis defendidos na mesma liga em que Messi brilha, a espanhola, e com duelos vencidos contra ele e Cristiano Ronaldo, e Ederson, alçado à condição de estrela pela boa temporada no Benfica e a venda ao Manchester City, de Pep Guardiola, por incríveis R$ 145 milhões.
Seleção brasileira x Messi
DataJogoCompetiçãoGoleiro do BrasilGols de Messi
3 de setembro de 2006Brasil 3x0 ArgentinaAmistosoGomesNenhum
15 de julho de 2007Brasil 3x0 ArgentinaCopa AméricaDoniNenhum
18 de junho de 2008Brasil 0x0 ArgentinaEliminatóriasJulio CésarNenhum
5 de setembro de 2009Argentina 1x3 BrasilEliminatóriasJulio CésarNenhum
17 de novembro de 2010Brasil 0x1 ArgentinaAmistosoVictor1
9 de junho de 2012Brasil 3x4 ArgentinaAmistosoRafael Cabral3
11 de outubro de 2014Brasil 2x0 ArgentinaSuperclássico das AméricasJeffersonNenhum
10 de novembro de 2016Brasil 3x0 ArgentinaEliminatóriasAlissonNenhum
Por que Weverton? Porque ele esteve em todas as listas de Tite desde que assumiu a Seleção. No critério do técnico, é raríssimo alguém “pular etapas”. Se o titular (Alisson) não está convocado, o reserva entra e aqueles que chegaram à fila depois esperam suas “senhas”.
Enfrentar Messi, que ainda vem com os vice-campeões europeus Dybala e Higuaín, da Juventus, a tiracolo, será um dos maiores desafios da carreira do goleiro do Atlético-PR.
O atacante do Barcelona estreou contra o Brasil em 2006. Gomes era o goleiro e os pentacampeões venceram o amistoso por 3 a 0, placar que se repetiu na final da Copa América do ano seguinte, quando Messi teve Doni pela frente, e não marcou.
Nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, a Seleção empatou com a Argentina no Mineirão, em 0 a 0, e venceu por 3 a 1 fora de casa, na cidade de Rosário. Julio César era o goleiro e conseguiu não sofrer gols de Messi, que estava prestes a ser eleito pela primeira vez o melhor jogador do mundo pela Fifa. Desde então já foram quatro Bolas de Ouro.
Jefferson comemora após defender pênalti de Messi, em 2014 (Foto: AP )Jefferson comemora após defender pênalti de Messi, em 2014 (Foto: AP )
Jefferson comemora após defender pênalti de Messi, em 2014 (Foto: AP )
Depois, Messi engatou duas vitórias sendo decisivo. Fez o único gol no amistoso de 2010, sobre o goleiro Victor, e marcou três vezes no triunfo por 4 a 3, em 2012, quando o Brasil tinha Rafael Cabral no gol e testava sua equipe olímpica. Nas únicas duas derrotas da Seleção para Messi, o técnico era Mano Menezes.
Pouco depois do retumbante fiasco da Copa de 2014, as equipes voltaram a se enfrentar num inusitado Superclássico das Américas, na China. Jefferson pegou até pênalti do craque na vitória brasileira por 2 a 0. O último encontro foi em novembro do ano passado. Messi não esteve nem perto de marcar sobre Alisson nos 3 a 0 do Mineirão.
– O Messi tem um nível diferente, acredito que o Neymar esteja nesse nível. Isso faz com que se tenha um pouco mais de atenção com esses jogadores. Cada um que está na Seleção sabe o que precisa ser feito para defendê-la da melhor maneira – disse Diego Alves, o que melhor conhece o rival entre os goleiros convocados por Tite.
FICHA TÉCNICA
BRASIL: Weverton, Fagner, Thiago Silva, Gil e Filipe Luís; Fernandinho; Paulinho, Renato Augusto, Willian e Philippe Coutinho; Gabriel Jesus. Técnico: Tite
ARGENTINA: Romero, Mercado, Mammana e Otamendi; Salvio, Biglia, Banega e Di Maria; Dybala e Messi; Higuaín. Técnico: Jorge Sampaoli
Local: Melbourne Cricket Ground, em Melbourne (AUS)
Data e horário: sexta-feira, às 7h05 (de Brasília)
Arbitragem: Chris Beath, auxiliado por Nathan MacDonald e Paul Cetrangolo (todos da Austrália)
Tempo Real: no GloboEsporte.com, a partir das 6h

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