Cruzeiro confirma favoritismo e fica com título da Copa do Brasil 2018

Longo período de Mano Menezes no comando técnico do Cruzeiro faz a diferença na final


Cruzeiro confirma favoritismo e fica com título da Copa do Brasil
Às vezes no futebol, os fatos têm o capricho de desafiar a lógica, mas na Copa do Brasil de 2018 a lógica venceu. O Cruzeiro, apesar de não apresentar futebol vistoso, derrotou o Corinthians nos dois jogos da final, cravou o bicampeonato consecutivo e computou o sexto título nesta competição. E, já garantiu vaga para disputar a Libertadores de 2019.
O Cruzeiro, entrou no torneio na fase de oitavas de final e apresentou oscilações em alguns jogos. Nas quartas de final, contra o Santos foi salvo da eliminação pela competência de seu goleiro Fábio, que defendeu todas as cobranças de pênaltis. Mas, tem o mérito de não ter perdido nenhuma partida fora de seu estádio e nos dois confrontos da final apresentou melhor desempenho. Contra o Corinthians apresentou defesa forte, meio campo leve e velocidade nas transições, conseguindo ser objetivo e cirúrgico na decisão.
Diferentemente da primeira partida da fase final, o último jogo foi mais movimentado, no qual nenhuma das equipes teve comportamento excessivamente conservador. Ambas procuraram jogar o melhor dentro de suas possibilidades, o que valoriza mais a vitória do Cruzeiro.
O Corinthians tentou surpreender, pois veio com escalação mais ofensiva com Jonathas na função de centroavante, abandonando o esquema habitual, que não possui referência mais centralizada no ataque. Mas, a produtividade não foi a esperada e, o projeto corintiano de fazer o primeiro gol rapidamente caiu por terra.
O Timão confundiu a pressa com perfeição nos passes e o Cruzeiro mostrou a sua letalidade chegando ao gol de Cássio com poucos toques na bola, depois de falha grotesca do zagueiro Léo Santos. O segundo gol da Raposa foi um golaço de Arrascaeta, por cobertura, que se originou de contra-ataque, justamente quando o Corinthians parecia estar mais organizado em campo e com formatação para jogar de maneira mais ofensiva e criativa.
Acredito que a formação corintiana do terço final do segundo tempo tinha potencial para ser mais produtiva, porém, se utilizada por mais tempo, poderia expor a equipe à velocidade dos contra-ataques do Cruzeiro. Jair Ventura não pode ser acusado de omissão, por não ter tentado modificar a formação tática da equipe, mas, a verdade é que o time não dispõe de elenco com grandes opções, capaz de mudar o rumo das partidas.
Além disso, o Cruzeiro já contava com a vantagem do primeiro jogo e adotou postura de só atacar nos momentos em que o Corinthians proporcionava espaços, sem se arriscar. Mano Menezes conhece claramente as possibilidades de seu elenco e soube dar a resposta tática às alterações de Jair Ventura, lançando mão de seu principal jogador, o meia Arrascaeta, que decidiu o título.
Apesar das interferências do árbitro de vídeo e das decisões equivocadas da equipe de arbitragem, de modo geral, o Cruzeiro confirmou o favoritismo fazendo atuações mais equilibradas nos dois jogos finais e, portanto se sagrou campeão com justiça.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

10 ARGUMENTOS QUE OS FLAMENGUISTAS USAM APÓS PASSAR VERGONHA NO FUTEBOL

Geração esquecida: o título de 93 na visão dos campeões com o Botafogo

Com nipo-africano, clube luta pelo acesso no futebol de São Paulo