Cássio chega à sétima taça no Corinthians e coroa redenção
“Ainda não cheguei ao auge, à minha melhor fase. O Mundial foi só um jogo, né? O Brasileiro de 2015, por exemplo, foi muito bom para mim. A gente fala do time de uma forma geral, é claro, mas fiz um campeonato bem regular. Essa é a diferença. Então, dá, sim, cara. Tenho que me cobrar diariamente para isso, para ser melhor, evoluir. Estou muito empolgado para voltar neste ano e arrebentar”. Foi assim que o goleiro Cássio contou à Gazeta Esportiva, ainda em fevereiro, que esperava realizar uma grande temporada em 2017, marcando uma redenção após aquele que ele considerou seu pior ano na carreira.
Consagrado como campeão brasileiro nesta quarta-feira, com a vitória do Corinthians por 3 a 1 sobre o Fluminense, Cássio teve de ver a partida como torcedor, mas não por opção técnica ou problemas pessoais, coisas que o afligiram em 2016. Incontestável na temporada, ele não pôde atuar porque estava a serviço da Seleção Brasileira, muito perto de fazer parte do grupo que disputará a Copa do Mundo no ano que vem. O Brasileiro, por sinal, é sua sétima taça no clube, aliada a outro Nacional, em 2015, dois Paulistas (2013 e 2017, uma Libertadores (2012), uma Recopa (2013) e um Mundial de Clubes (2012).
No ano passado, porém, o arqueiro acabou preterido pelo então técnico corintiano Tite no começo da competição, perdendo a vaga para Walter logo após ver sua vó, responsável boa parte da sua criação, falecer. “Era um momento por que eu precisava passar para amadurecer e entender melhor o que estava acontecendo. Perdi a minha posição e a minha avó, que sempre foi a matriarca da família”, disse o atleta, que chegou a ter atritos com o preparador de goleiros, Mauri Lima, e terminou o ano na reserva.
Com a lesão de Walter ainda na pré-temporada, porém, o camisa 12 viu a oportunidade perfeita para se reerguer no clube. Bem preparado fisicamente, foi figura importante na conquista do Paulista, chamado para a Seleção Brasileira e alcançou o patamar de ídolo incontestável para a Fiel, em risco após o errante 2016.
“É lógico que, em um primeiro instante, quando acontece a coisa negativa, o cara fica: “P…! Ah, perdi a posição por causa disso, disso e disso!”. Mas, depois, você vê que é preciso parar, pensar e olhar para si próprio: “Pô, o que tenho que melhorar? Será que a culpa é dos outros mesmo ou fui eu que relaxei um pouco?”. É um aprendizado”, avaliou Cássio, dono de contrato até o final de 2019 com o Timão.
Na competição, o camisa 12 teve participações fundamentais em momentos decisivos, como na vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, no primeiro turno, quando defendeu até um pênalti de Luan. Os únicos jogos em que não atuou foram justamente os três últimos. Mesmo na Seleção, no entanto, ele fez questão de participar da arrancada final para o título.
“O Cássio mandou mensagem pedindo para eu ter confiança, entrar tranquilo. Ele ajuda muito”, comentou Caíque França, substituto do ídolo da Fiel após a lesão de Walter, contra o Atlético-PR. “O Cássio ficou maluco com a nossa vitória, mandou até vídeo. É um grande líder que temos”, celebrou o diretor de futebol corintiano, Flávio Adauto.
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