São Paulo é vítima de fogo amigo e lei do ex, e perde do Cruzeiro

O São Paulo começou muito mal a sua série de jogos decisivos. Na fria noite desta quinta-feira, o Tricolor foi vítima de um roteiro cruel clássico do futebol. Jogando contra um organizado Cruzeiro, o time de Rogério Ceni sentiu a ausência do lesionado Cueva e perdeu por 2 a 0 em pleno Morumbi, com direito a gol contra de Lucas Pratto. Para aumentar o drama, o volante Hudson, jogador emprestado ao rival, deu números finais à fatídica partida.
Com o resultado, o São Paulo volta a perder após oito jogos de invencibilidade e precisará vencer a Raposa por três gols de diferença em Belo Horizonte para avançar às oitavas de final da Copa do Brasil. Caso devolva o placar, a vaga será definida nos pênaltis. O jogo de volta está marcado para a próxima quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Mineirão.
A derrota coloca o Tricolor sob enorme pressão para o clássico contra o Corinthians, às 19 horas deste domingo, novamente no Morumbi. O técnico Rogério Ceni terá apenas dois dias para elevar o moral de seus comandados para o duelo de ida das semifinais do Campeonato Paulista.
O jogo – Empurrado por mais de 40 mil torcedoresO São Paulo começou tomando a iniciativa e tentou pressionar o Cruzeiro nos primeiros minutos da partida. A equipe treinada por Mano Menezes, contudo, se postou bem em seu campo de defesa e não deixou que o goleiro Rafael fosse ameaçado.
Errando muitos passes, o Tricolor só foi conseguir invadir a área mineira graças a uma jogada individual. Aos 19 minutos, Jucilei avançou, passou por três marcadores e deixou Luiz Araújo livre na esquerda. O atacante bateu cruzado em direção ao gol, mas Rafael conseguiu mandar para escanteio.
O susto fez o time celeste sair da retranca e se arriscar mais à frente. A maior exposição por parte da Raposa deixou o jogo mais aberto. Aos 37, Jucilei acionou Wellington Nem em contra-ataque, mas Rafael chegou antes e salvou o Cruzeiro. No minuto seguinte, a resposta: Rafinha recebeu cruzamento da esquerda e pegou de primeira para isolar.
Mesmo com uma posse de bola de 63% no primeiro tempo, o São Paulo não conseguiu furar o bloqueio da equipe de Belo Horizonte, que anulou as principais peças tricolores com a marcação dobrada implantada por Mano Menezes.
A segunda etapa começou na mesma toada da primeira. Apesar de ocupar o campo de defesa adversário, o São Paulo não criou jogadas agudas, o que obrigou Rogério Ceni a colocar o meia Thomaz no lugar de Wellington Nem.
Mal a substituição acabara de ser feita, o Cruzeiro abriu o placar. Aos 16 minutos, após cobrança de falta pela direita, Lucas Pratto testou contra o próprio gol ao tentar afastar o perigo. No primeiro lance depois do fatídico erro, o argentino quase se redimiu em cabeçada, que só não resultou no empate porque Rafael caiu para fazer grande defesa.
Aos 24, o que era ruim piorou. E muito. Após cobrança de falta pela esquerda, a zaga do Tricolor voltou a falhar pelo alto e viu o volante Hudson subir e testar no canto direito de Renan Ribeiro, que foi pego de surpresa pelo cabeceio e não conseguiu evitar o segundo gol cruzeirense.
Na base do desespero, o São Paulo tentou diminuir o prejuízo nos minutos finais. Para isso, abusou dos cruzamentos e lançamentos, todos afastados pela boa defesa mineira, responsável pelo ótima vantagem construída pelo time de Minas Gerais.
FICHA TÉCNICASÃO PAULO 0 X 2 CRUZEIRO
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 13 de abril de 2016, quinta-feira
Horário: 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (RS-Fifa)
Assistentes: Rafael da Silva Alves e Leirson Peng Martins (ambos do RS)
Público: 43.662 pagantes
Renda: R$ 1.065.916,00
Cartão Amarelo: Ariel Cabral e Ábila (Cruzeiro); Thiago Mendes e Jucilei (São Paulo)
Gols:
CRUZEIRO: Lucas Pratto (contra), aos 16 minutos do 2º tempo; Hudson, aos 24 minutos do 2º tempo
SÃO PAULO: Renan Ribeiro; Buffarini (Araruna), Maicon, Rodrigo Caio e Junior Tavares; Jucilei, Cícero (Gilberto) e Thiago Mendes; Wellington Nem (Thomaz), Luiz Araújo e Lucas Pratto
Técnico: Rogério Ceni
CRUZEIRO: Rafael; Mayke, Leo, Manoel e Diogo Barbosa; Hudson (Lucas Romero), Ariel Cabral, Rafinha, De Arrascaeta e Thiago Neves (Alisson); Ramón Ábila (Raniel)
Técnico: Mano Menezes

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