Atlético vence o América e vira vantagem de lado

O Atlético conseguiu reverter a vantagem do América, ao vencer, na noite desta quinta-feira, por 1 a 0, no Independência, o primeiro encontro entre as equipes nas semifinais do Campeonato Mineiro. O gol de Cazares, no fim do segundo tempo, permite a equipe preto e branca jogar por um empate, no próximo domingo, às 16h (de Brasília). Ao time alviverde agora só interessa a vitória.
Por ter feito melhor campanha na primeira fase do Campeonato Mineiro, o América agora precisa vencer o Atlético pelo mesmo placar que foi derrotado, na noite desta quinta-feira. O Galo, que iniciou o duelo em desvantagem, agora pode até empatar que avança para a final do torneio estadual.
Em campo, o Atlético fez um dos poucos jogos bons em 2018. A equipe alvinegra teve 90 minutos de lucidez , conseguiu trocar passes e se mostrar a equipe mais forte em campo. O América em algum momento investiu nos contra-ataques, mas também se colocou com força dentro das quatro linhas. No entanto, os erros individuais foram preponderantes para o resultado final.
Até o próximo jogo – que não resta muito tempo – vai sobrar reclamação da diretoria do América. Além dos erros avaliados contra o Coelho, no jogo da primeira fase, na noite desta quinta, a arbitragem também falhou em um lance muito difícil.
Primeiro tempo
O técnico Thiago Larghi conseguiu repetir a escalação da equipe que bateu a URT, por 1 a 0, no fim de semana, resultado que permitiu ao Galo acesso as semifinais do Campeonato Mineiro.
Atlético e América já se encontraram na primeira parte do campeonato. A situação, no entanto, agora é diferente. No primeiro duelo, o Coelho partiu para o ataque. O Galo vinha com muita pressão e esperou. Jogou no contra-ataque. Na ocasião funcionou muito bem.
Agora, Larghi tem consciência que a situação não se repetiria. O Atlético agora precisa correr atrás do resultado, já que o América joga com vantagens por ter ficado melhor colocado no primeiro momento do torneio.
Com isso em mente, Larghi abusava de ter a bola nos pés. O Atlético trocava passes. Cazares se comportava quase como um terceiro homem de meio campo, recuando bastante para compartilhar a saída de jogo. Na situação de ataque, Elias, às vezes, caia pela direita e Luan centralizava. Erik dava profundidade pela ponta esquerda.
O América esperava. Aylon e Luan ficavam nas pontas, Rafael Moura centralizado. Pelos primeiros lances da partida, era claro: a expectativa era encontrar um bom contra-ataque.
Após os 15 minutos, o América, no entanto, passou a ter mais a posse de bola. O Coelho ficava com a redonda nos pés, ajudando o Atlético – que, nos últimos tempos, tem ficado bastante satisfeito em dar a bola para o adversário. Aos 21, o Atlético conseguiu um bom contra-ataque. E naquela situação citada acima: Cazares recuado contribuindo com a saída de bola e Elias adiantado recebeu a bola e o goleiro precisou sair da área para fazer falta.
Depois dos 25 minutos, o Galo voltou a ter a bola nos pés. Eram longos períodos com a redonda sendo passada de pé por pé. Com tranquilidade. Buscando a melhor oportunidade. O América ficava afobado, sentia a pressão feita pelo Galo, errava na saída.
Aos 33, o Galo perdeu uma das grandes oportunidades – aquelas bolas que só chegam redondas uma vez na partida. Luan iniciou a jogada, colocando Patric para fazer o cruzamento dentro da área. A bola chegou em Ricardo Oliveira, redondinha, com o goleiro batido e o gol consideravelmente em condições claras para o placar ser aberto. Nada feito. Oliveira mandou pra fora.
Aos 41 o Coelho conseguiu balançar as redes. O auxiliar, no entanto, acusou regularidade, invalidando a comemoração de Aylon, que foi até o bandeirinha para defender seus interesses. O lance visto pela TV foi difícil de perceber.
Segundo tempo
Os primeiros minutos da etapa complementar reservaram dificuldades para o Atlético. A equipe alvinegra tinha dificuldades de passar da linha do meio de campo.
A pressão do Coelho surtiu efeito e o gol saiu. Mas novamente o bandeira entrou na jogada. Sobrou reclamação de Rafael Lima, mas o auxiliar de forma correta anulou o tento.
Após os 15 minutos, no entanto, o Galo voltou a tomar conta do jogo. O técnico Thiago Larghi fez alterações: mandou Gustavo Blanco e Otero nas vagas de Elias e Erik. Com menos dois desgastados o Atlético passou a dominar o meio campo e conseguia agredir novamente. Vale ressaltar que o camisa 8, Elias, reclamou ao deixar o gramado, chutou uma garrafa de água no chão. Há algumas semanas, a mesma atitude aconteceu com Roger Guedes.
E o bom futebol apresentado pelo Atlético, com um América assustando, foi coroado aos 31 minutos. Em um vacilo da zaga americana, Cazares conseguiu segurar a bola e rolar para o fundo das redes.
Depois de balaçar as redes, o Galo se segurou. O América se lançou ao ataque. Mas os contra-ataques seriam importantes ao alvinegro. Em um deles, o Atlético quase ampliou a contagem: Cazares driblou Zé Ricardo e chegou na área. Ele deixou para Ricardo Oliveira que devolveu e o camisa 10 mandou para fora.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 1 X 0 AMÉRICA
Local: Estádio Independência, Belo Horizonte (MG)
Data: 22 de março de 2018, Quinta-feira
Horário: 20h (de Brasília)
Árbitro: Igor Júnio Benevenuto
Auxiliares: Emerson de Almeida Ferreira e Jerferson Antônio da Costa
Gols: Cazares, aos 31 minutos do Segundo tempo (Atlético)
Cartões: Jory, Norberto, Aylon (América); Erik, Fábio Santos (Atlético)
ATLÉTICO-MG: Victor; Patric, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adilson, Elias (Gustavo Blanco) e Cazares; Luan (Thomás Andrade), Erik (Otero) e Ricardo Oliveira
Técnico: Thiago Larghi
AMÉRICA – Jori, Norberto, Messias, Rafael Lima, Giovanni, David (Wesley), Zé Ricardo, Serginho (Ruy), Luan, Aylon (Marquinhos), Rafael Moura.
Técnico: Enderson Moreira.

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