Seleção peruana buscará reivindicação em jogo contra França

Com a espada contra a parede, o Peru precisa ressuscitar ante a França para seguir aspirando a jogar as oitavas de final do Mundial, nesta quinta-feira (15h00 GMT) em Ecaterimburgo, uma cidade nos confins entre a Ásia e a Europa, onde mais de 30.000 torcedores farão a Bicolor sentir que joga em casa.
Uma derrota para atual vice-campeão da Europa seria definitiva para o grupo liderado por Ricardo Gareca, que na primeira rodada do Grupo C pagou a ansiedade da estreia e falhou umas quantas ocasiões contra uma eficaz Dinamarca (1-0).
"Faltou colocar a bola, tivemos ansiedade, no momento que entre uma tudo vai mudar", disse o atacante Raúl Ruidíaz, que jogou os últimos cinco minutos contra os dinamarqueses.
Na equipe peruana, a grande preocupação de Gareca é Renato Tapia. O meio-campista, de 22 anos, fixo em seu esquema com Yoshimar Yotún, sofreu um forte golpe na cabeça contra a Dinamarca.
Depois de reconhecer que não lembra de nada do duelo disputado em Saransk, Tapia foi incapaz de treinar, por isso parece complicado que jogue.
"Teve um golpe muito forte, está se recuperando e não sei se vai melhorar para o jogo", reconheceu seu companheiro Wilder Cartagena, que poderia substituí-lo, embora parece que Pedro Aquino parte com vantagem.
- Aquele gol de Olitas -
O outro jogador que está com moléstias musculares é André Carrillo, uma dor de cabeça para os dinamarqueses na lateral direita. "Só um pouco de desconforto, fadiga", disse Cartagena, que se tornou porta-voz médico da Bicolor.
Normalmente, a grande novidade no onze de Gareca será o retorno do capitão Paolo Guerrero, que revolucionou o ataque na meia hora que teve contra a Dinamarca, apesar de não ter aproveitado as boas chances que gerou.
O Peru, uma equipe com ritmo, agressiva, amante do futebol associativo e muito ordenado, assemelha-se à Colômbia, que em março conquistou o Estádio de França com uma vitória de 3-2 em um amistoso contra Les Bleus.
Depois de deixar uma grande impressão em seu retorno à Copa do Mundo, após de 36 anos, o Peru, abraçado por mais de 35.000 torcedores em seu périplo russo, agora quer uma vitória que passe para a história.
Mas não seria o primeiro contra os gauleses. Precisamente em abril de 1982 em um preparatório da última Copa do Mundo que disputou, a Bicolor ofereceu uma exibição no Parque dos Príncipes contra a França de Platini. Venceu por 1-0 com um lembrado gol de Juan Carlos Oblitas. É o único precedente entre as duas seleções.
- Os números-
Peru – França
Primeiro confronto em Copas do Mundo.
Peru
Tem 7 jogos sem triunfos em Mundiais, com 5 derrotas e 2 empates.
Seu último êxito foi em 11 de junho de 1978, quando superou o Irã 4-1 com três gols de Teófilo Cubillas e um de José Velázquez, enquanto que Hassan Rowshan fez o único para os asiáticos.
França
A vitória ante a Austrália marcou seu encontro número 60 em Copas do Mundo (ganhou 29, empatou 12 e perdeu 19).
Perdeu somente um dos últimos 6 em Copas do Mundo, em 4 de julho de 2014 contra a Alemanha 1-0 com gol de Mats Hummels, pelas quartas de final.
Jogou duas vezes em 21 de junho na história dos Mundiais. Em 1982 goleou Kuwait 4-1 (Bernard Genghini, Michel Platini, Didier Six, Maxime Bossis – Abdulaziz Al Balusghi) e em 1986 venceu o Brasil nos pênaltis nas quartas de final, após empatar em um gol com as conquistas de Michel Platini y Careca.





AFP
Números: Eduardo Bolaños

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