Bahia derrota o hostilizado Criciúma e ainda tem esperanças


O Bahia levou a melhor no confronto daqueles que até então tinham as piores campanhas do Campeonato Brasileiro. Mesmo jogando no Estádio Heriberto Hülse, nesta quarta-feira, o time comandado por Charles Fabian ganhou por 1 a 0 (gol de Guilherme Santos, no segundo tempo) do Criciúma e renovou as suas esperanças de permanecer na primeira divisão. O adversário, muito hostilizado por sua própria torcida, ficou à beira do rebaixamento matemático.
O resultado positivo deixou o Bahia com 34 pontos ganhos, agora à frente também do Botafogo (33). O Criciúma permaneceu lanterna, com 30, e ainda sem pontuar sob o comando de Toninho Cecílio. O drama fez os torcedores gritarem “vergonha”, “time de cachaceiros” e até acompanhar a troca de passes dos visitantes com “olé” nesta noite. Alguns preferiram apenas chorar nas arquibancadas.
As duas equipes terão compromissos decisivos no fim de semana. No sábado, o Bahia receberá o Atlético-PR na Arena Fonte Nova. O Criciúma pisará no gramado do Castelão para enfrentar o Flamengo no dia seguinte, à espera de um milagre.
Fernando Ribeiro/Criciúma E.C.
Criciúma ficou à beira do rebaixamento matemático com a derrota para o Bahia, que ainda respira
O jogo – Como tem ocorrido para a maioria dos times da parte inferior da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, a partida entre Criciúma e Bahia começou com muita disposição das duas partes – e pouca qualidade técnica.Ainda assim, foram os visitantes que tomaram a iniciativa de atacar. O Bahia pressionou a saída de bola adversária nos primeiros minutos e conseguiu fazer o goleiro Bruno trabalhar. Principalmente em um escanteio fechado cobrado por Galhardo, que quase parou dentro do gol.
Com o tempo, no entanto, o Criciúma assumiu o controle do jogo. Mesmo que a sua torcida não disfarçasse a impaciência com os vacilos cometidos – eram comuns os domínios e passes errados –, o time da casa criou algumas chances para abrir o placar.
Uma das primeiras saiu dos pés de Ricardinho, que soltou o pé de longa distância, colocando bastante efeito na bola – o tiro passou perto da meta. Foram as jogadas em profundidade para a área, porém, que mais aproximaram o Criciúma do gol.
Aos 27 minutos, Souza ficou sozinho após bom levantamento de Serginho, demorou a concluir e viu Marcelo Lomba agarrar a bola. Pouco depois, aos 32, Cléber Santana chegou a passar pelo goleiro do Bahia em lançamento impecável de Ricardinho, mas perdeu o ângulo e chutou no lado de fora da rede.
Superados os sustos, o Bahia tentou responder no final da primeira etapa. Até incomodou com algumas conclusões de Galhardo, contudo sofreu uma baixa antes do intervalo. Kieza se contundiu e precisou ser substituído por Henrique.
Para o início do segundo tempo, os técnicos dos dois times preferiram esperar antes de fazer mais alterações. A torcida da casa não teve a mesma paciência. Bastaram dois minutos para as vaias e os gritos de “vergonha” ecoarem no Heriberto Hülse.
Arte GE.Net
Aproveitando a instabilidade emocional do Criciúma, o Bahia abriu o placar, aos seis minutos. Guilherme Santos clareou de fora da área e chutou firme para acertar o canto. O gol foi aplaudido pelo público adversário.A situação crítica na partida – e no campeonato – fez o Criciúma voltar ao ataque. Aos nove, Souza emendou de voleio em uma cobrança de escanteio e acertou a trave. Nem o lance de perigo animou a torcida local, que agora berrava “time de cachaceiros” para protestar.
Toninho Cecílio, então, resolveu entrar em ação. Mandou o jovem Andrew a campo no lugar de Ricardinho. Mais tarde, Kalil e Rafael Costa substituíram os contestados Bruno Lopes e Maicon Silva. Mas nada adiantou para evitar que o Bahia respirasse na tabela de classificação e o abatido Criciúma se aproximasse ainda mais de um desfecho já quase inevitável.

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