Botafogo pode herdar dívida do Figueirense com atacante
Não está fácil a vida de quem cuida da parte financeira do Botafogo. Além do atraso salarial relativo aos jogadores do atual elenco, que completa dois meses nesta quarta-feira, a equipe alvinegra ainda não pagou pela rescisão contratual com o atacante Caio, que tinha vínculo com o clube carioca até dezembro de 2014, e deve ser intimado em breve a fazer o depósito. O jogador foi vendido para um grupo de investidores, que o repassou ao Internacional. O jogador estuda formular uma maneira para receber logo aquilo que tem direito, que é cerca de R$ 500 mil.
Para piorar a situação, o Botafogo também pode receber uma herança ingrata do Figueirense por Caio. O clube de Florianópolis deve cinco meses pelos direitos de imagem, mais um mês de salário ao atacante, que atuou emprestado ao clube catarinense em 2012. Por contrato, há a possibilidade de o time carioca ter que arcar com as pendências, estimadas em R$ 150 mil.
A dívida do Figueirense corre nos bastidores e existe a possibilidade de o problema ser repassado ao Botafogo até o fim deste mês. Ela seria mais um pesadelo para o presidente alvinegro Mauricio Assumpção, que luta também contra as dívidas que se refletem agora. Hoje, 100% das receitas referentes aos direitos de transmissão de TV estão penhoradas.
A saúde financeira do Botafogo está longe de ser boa e, na última segunda-feira, Jefferson admitiu que os salários estão atrasados há dois meses. Na terça-feira, o goleiro voltou falar sobre as dívidas e destacou que a dura realidade deve ser encarada de frente por todos no clube.
"Não é vergonha dizer que o salário está atrasado. O Botafogo tem caras sérios, profissionais. Admiro o presidente (Mauricio Assumpção). Ele mudou o Botafogo. Não é demérito falar em dívidas. O presidente nos deu a palavra dele e vai quitar isso".
Paciência com os atrasos
Capitão do Botafogo e homem de confiança tanto de Oswaldo de Oliveira como da diretoria, Jefferson garante que já teve de lidar outras vezes com atrasos de salário no Botafogo. De acordo com o camisa 1, em 2003, quando o clube subiu para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o elenco também estava sem receber.
"Essa situação de não receber não vai atrapalhar de maneira nenhuma. Somos profissionais. Queremos vencer e não vamos fazer corpo mole mesmo. Em 2003, subimos com quatro meses de salário atrasados. Não tem nenhum mercenário aqui, não. Conversamos com o presidente, ele explicou. Não tem problema, vamos sanar, mas sem vergonha sobre assunto", garantiu Jefferson, sendo enfático quanto a novas contratações. "Se alguém me ligar (para saber do Botafogo), eu digo que pode vir jogar aqui de olho fechado".
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